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Um surfista na Câmara dos Deputados

“tinha tempo para surfar”. Eleito deputado federal com mais de 113 mil votos, mudou-se para Brasília e se distanciou das ondas. Agora, William Woo trabalha para melhorar a vida da população, sem esquecer da comunidade surf. Segundo ele, é difícil apresentar um projeto de lei que seja eficaz para esse público, mas afirma que deseja incentivar e fomentar cada vez mais o esporte. “Minha opção pela vida pública nasceu da vontade de contribuir para criação de melhores condições de segurança, discutindo ações e apresentando projetos políticos nesse sentido. Tento buscar um pouco dessa energia dos surfistas e levar para o meu trabalho político”, revela.William Woo, candidato a deputado federal este ano, conversou com o Ibrasurf sobre sua relação com o surf, sobre seus projetos em andamento na Câmara dos Deputados e sobre a vontade de criar leis para facilitar a vida dos surfistas. Confira a entrevista. Quando você começou no surf? Foi influenciado por alguém? Comecei a surfar os 14 anos, em Bertioga, litoral norte de São Paulo, por influência do saudoso amigo Álvaro, que me emprestou a primeira prancha. Dois anos depois, já tinha uma fábrica de pranchas de surf, chamada Atlântico.  Em quais lugares já surfou no Brasil e no mundo? Já surfei em diversos lugares. Destaco as melhores e inesquecíveis quedas: Maresias (SP), Prainha Branca (SP), Juréia (SP), Prainha (RJ), Ferrugem (SC), Prainha (BA), e Cacimba do Padre (FN), no Brasil. No exterior, conheci Japão, Havaí, Peru, mas não esqueço Pavones, na Costa Rica, e Santa Catalina, no Panamá. Foram dias de sonhos de surf! Como concilia a vida em Brasília com o esporte, já que está tão longe do mar? Está impossível. Brasília me afastou do litoral e nos finais de semana, pelo cargo que me foi confiado, acabo visitando diversos municípios no estado de São Paulo, chegando a percorrer mais de 1.000 km somente em dois dias. Há preconceito entre os outros políticos por você ser surfista? De forma nenhuma. Existem diversos surfistas e admiradores do esporte. Outro dia fiz um discurso parabenizando a Maya Gabeira pelo tricampeonato no prêmio do Billabong XXL nas ondas grandes e Silvana Lima pela vitória no Rip Curl Pro 2009. Como sabem, a Maya é filha do deputado federal Fernando Gabeira. Existe algum projeto em relação ao surf em andamento na Câmara? Atualmente tenho um projeto de lei em andamento na Comissão de Viação e Transportes da Câmara que inclui pranchas de surf entre os itens de bagagem comum nas viagens aéreas. Os praticantes de surf, inclusive os profissionais, são obrigados a pagar separadamente pelo embarque de suas pranchas, que são consideradas bagagem especial, e muitas vezes isso não lhes dá a garantia que seu equipamento estará em segurança. Paralelamente, no entanto, tenho incentivado e arrumado recursos para campeonatos nacionais e internacionais, como o Paulista e o Brasileiro Universitário do Ibrasurf, além de um projeto de surf na China, na Pororoca do rio Quintang, com o surfista Sergio Laus, realizado em 2009. Qual é a sua relação com o Ibrasurf? Além do profissionalismo da entidade em prol do esporte, a iniciativa de incentivar o surfista com estudo universitário é pioneira, o que a diferencia de todas as outras entidades. Qual o retorno que investir em eventos de surf te traz? O retorno principal é que me mantém próximo ao esporte. Devido à agenda atribulada, me satisfaço por meio das revistas especializadas, sites e vídeos para matar a sede. O envolvimento com campeonatos me traz toda a energia que o mundo do surf tem, e que só os verdadeiros surfistas conseguem sentir.]]>

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