Uma surfista cheia de garra e sonhos, que carrega o esporte na alma e o leva até o pódio do Festival Brasileiro Universitário de Surf 2018

Você é local do Guarujá mora e estuda perto do mar. Como é a sua rotina de surf? Eu trabalho no mar! Sou professora de surf. Trabalho principalmente com as crianças, desde a iniciação ao contato com o mar até o aprimoramento de partes técnicas e teóricas. Já quando não estou estudando ou trabalhando, busco estar sempre treinando em praias diferentes aqui do Guarujá. Como é conciliar a vida de estudante e não cair em tentação ao surf? Já que o mar está ali, tão pertinho… Estudar no período noturno é a melhor coisa! Posso trabalhar, treinar e estudar, tudo no mesmo dia. O que você indicaria para alguém que quer manter o surf em dia e sem deixar os estudos de lado? Manter sempre o estudo como prioridade. Foco e dedicação trazem bons resultados. Mas sempre é bom distrair a mente e relaxar o corpo, o surf pode proporcionar esse prazer e assim as coisas ficam mais fáceis durante a semana. [gallery size="medium" ids="71305,71316,71315,71314,71310,71309"] Qual é a sua praia preferida? A praia do Tombo (Guarujá), onde nasci e cresci. Como conheceu o Ibrasurf? Em 2015 comecei a primeira faculdade, alguns amigos da época que já estudavam e participavam todo ano dos eventos. Como sempre participei de competições de surf, fiquei muito feliz de saber que existia um evento focado pro público universitário. Como decidiu começar a correr os campeonatos do Ibrasurf? Em 2015, na época cursando Logística, foi meu primeiro ano participando e já finalizei em 3º no Circuito Paulista e em 4º no Festival Brasileiro. Participei de todos os eventos desde então! Conta um pouco pra gente como foi a sua trajetória no Circuito Universitário de Surf e também no Festival Brasileiro. Afinal, você faz parte dessa história… Tenho o maior orgulho de fazer parte dessa família. Alguns resultados foram: 3º no Circuito Paulista 2015, 4º no Festival Brasileiro de 2015, Campeã do Circuito Paulista 2016, 4º no Circuito Paulista 2017, Vice-campeã do Circuito Paulista 2018 e Campeã do Festival Brasileiro 2018. Quais são as expectativas para o Festival Brasileiro Universitário de Surf 2019? As melhores possíveis! Vou pra defender o título de 2018! (risos) E quanto às expectativas para o Circuito Universitário deste ano? Quem sabe um resultado melhor do que o do ano passado! No ano passado, você foi campeã Feminina do Festival. Conta pra gente o que significou essa conquista, como foi a preparação e o final de semana em Maresias? Foi a maior loucura! Sempre que vou pra qualquer evento Ibrasurf eu já sei que vai ser uma trip muito divertida e cheia de emoções. Justamente no final de semana do campeonato de 2018, acho que pouco antes da bateria da final, eu recebi a notícia de que minha avó Terezinha havia falecido. Esse título foi um presente à ela, meu anjo da guarda! Como parte da premiação, você ganhou uma viagem para Pichilemu, no Chile. Estamos curiosos para saber sobre! Você já tem planos para realizá-la? Já está nos planos de férias, estou mais que ansiosa para poder ir. Você já cursou alguns semestres de Educação Física e agora ingressou em Administração. O que te motivou a escolher este curso? Pretende juntar a futura profissão com o surf? Quais seus planos após concluir a faculdade? Tudo na vida depende de uma boa administração. Meu maior sonho é me formar e poder voltar a cursar Educação Física, assim, poder criar um projeto social que tenha o surf como principal ferramenta educacional. Como e quando você começou a sua relação com o surf? Surfar já estava no meu destino já muito antes de eu nascer. Sou filha do tricampeão mundial de longboard e shaper da família Big Nose, Luiz Juquinha, que sempre colocou toda a família no caminho do surf. Sem falar na mamis, Fanny Frumento que também é campeã brasileira de longboard e bodyboard e já surfava comigo antes de me ensinar a andar (risos). O que você diria e aconselharia às meninas que querem aprender a surfar? O mar está cheio de possibilidades pra todas! Uma coisa é certa: Nunca desistam de um sonho! O surf feminino vem crescendo bastante e sendo cada vez mais reconhecido. Ainda assim, não é tão valorizado se comparado ao masculino. O que você pensa a respeito? Fico feliz que mesmo pouco, já está começando a ser reconhecido. As meninas dessa geração têm muito potencial pra nos representarem nos eventos mundiais e até mesmo nas Olimpíadas! Já sofreu algum tipo de preconceito dentro d’água pelo fato de ser mulher? Acho que toda mulher já foi mal-encarada no mar, apenas pelo fato de estar entre os homens. Uma rabeada aqui, outra ali. Nada que uma boa onda não resolva.   BATE E VOLTA  Data de nascimento 15/07/1997  Signo Câncer  Curso Administração  Faculdade Centro Universitário UNIDON  Uma onda A esquerda do Bostro  Uma viagem A que fui Campeã do Festival Brasileiro (Maresias-SS)  Uma música Drunk Groove – Maruv & Boosin  Um sonho Ensinar valores e lições para as crianças com dificuldades, a partir do esporte.  Um ídolo Luiz Juquinha (Pai)  Uma pessoa Pedro Pirulas (Namorado)  Um filme A Onda dos Sonhos (1 e 2)  Um cantor/banda Linkin Park  Uma comida Lasanha da mãe  Uma frase …90% do sucesso se baseia simplesmente em persistir e não desistir!  Um time de futebol Santos, sempre Santos!  Um cheiro Cheiro de chuva  Um sorvete Chocolateeeee  Uma saudade Patinação Artística e Capoeira  Um defeito Perfeccionista  Uma qualidade Comunicativa e otimista  Uma mania Corrigir os outros…  O que te irrita Mentira e preguiça  O que te atrai Sinceridade e compaixão  Quem é Stephanie Frumento? Determinada, curiosa, competitiva e engraçada! Poucas palavras que me descrevem facilmente…]]>

Pedro Tanaka e Stephanie Frumento faturam o Brasileiro Universitário de Surf em Maresias

EVENTO COMEMOROU OS 20 ANOS DO CIRCUITO PAULISTA DA CATEGORIA E TAMBÉM DEFINIU OS CAMPEÕES ESTADUAIS 2018

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O paulistano Pedro Tanaka, do Mackenzie, e a guarujaense Stephanie Frumento, da Unaerp, são os novos campeões brasileiros universitários de surf. Os títulos foram comemorados na etapa decisiva do 20º Circuito Paulista Universitário de Surf, neste domingo (2), na Praia de Maresias, em São Sebastião. O evento também definiu os campeões estaduais, com os vencedores da etapa inicial, em Ubatuba, confirmando os canecos.

Guilherme Silva, da Faculdade Don Domênico, de Guarujá, garantiu o bicampeonato na open (alunos do litoral); Yuri Aguiar, do Mackenzie, levou na paulistana (quem estuda na capital e interior); Yohanna Sarandini, de Santo André, estudante da Faculdade do ABC, foi a melhor na feminina; enquanto que o santista Maurício Duarte voltou a erguer o troféu na formados (foi campeão na estreia da categoria em 2008).

Já no Tag Team, o Mackenzie manteve a hegemonia, enquanto que na Lenovo Xpression Session, deu Guilherme Silva. Para completar a festa e comemorar os 20 anos ininterruptos do Circuito Paulista, outro grande momento com a bateria demonstração dos ‘legends’, reunindo diversos campeões nesses 20 anos de história e alguns convidados.

Junto às disputas, o que se viu na grande arena montada na areia foi muito entretenimento nas várias atividades gratuitas, tanto para os atletas quanto para o público. Um final de semana com muito surf e muita diversão. Outra atração foi o desfile da Garota Universitária, com oito semifinalistas sendo que a grande decisão do concurso será na TW Eventos, com as quatro finalistas, na próxima sexta-feira, em São Paulo.

“Estou muito feliz de ter a praia cheia, não só a galera que está estudando como o pessoal que fez parte desses 20 anos. Hoje profissionais em suas áreas e que continuam surfando. Foi um momento especial, um evento especial. Graças a Deus foi tempo bom, ondas, um clima legal e muita festa”, vibrou o presidente do Instituto Brasileiro de Surf (Ibrasurf) e organizador do campeonato, Alexandre Zeni.

O mar melhorou no domingo, com ondas de até um metro, garantindo grandes apresentações. Antes do Brasileiro, as atenções foram para o tradicional título paulista. A primeira final foi dos formados. Kaipo de Jesus, da Unaerp, filho do bicampeão brasileiro profissional, Jojó de Olivença, saiu na frente, mas Maurício Duarte chegou junto com um 6,35 e depois virou com um 5,10, para comemorar os 100% de aproveitamento em 2018 e o seu segundo título na categoria dez anos depois.

Kaipo terminou em segundo por uma diferença mínima – 11,45 a 11,25. Outros dois ex-campeões do Circuito também estavam na final: Diego Rodrigues, da Universidade Braz Cubas, ficou em terceiro, com João Carlos Chaves, da Unisantana, em quarto. “Com dez anos de Circuito eu fui campeão e agora com 20 de novo. Ainda mais em Maresias, a onda que eu mais gosto. Demais, competir nesse cenário é uma grande energia. Alegria, curtir e agora é churrasco”, vibrou o hoje professor universitário e pesquisador, que já tem mestrado e doutorado na área de Direito.

Entre as meninas, Renata Monteiro, que faz pós-graduação em artes visuais, pela Unip, e é de Mongaguá, liderou toda a disputa. A vencedora da etapa inicial, Yohanna, acabou em quarto, mas suficiente para ser a nova campeã. Stephanie Frumento, da Unaerp, terminou em segundo, com Caroline Peres, do Unilus, em terceiro.

Na paulistana, Pedro Tanaka, tricampeão paulista de 2015 a 2017, deu um show antes mesmo de levar o Brasileiro, sendo o vencedor da etapa. Abriu com 7,5, depois garantiu a melhor nota do evento, 8,5, com um aéreo, e na sequência repetiu a pontuação voando de novo, para completar 17 pontos de 20 possíveis.

As notas garantiram mais uma vitória no currículo e também a Quiksilver Best Wave, com uma wetsuit da marca como prêmio. Com o resultado, Tanaka terminou com o vice-campeonato e quem saiu da água carregado foi Yuri Aguiar, com a terceira colocação, atrás de Thiago Meneses, da Unip. Em quarto ficou Renan Castro, do Instituto Europeu de Design.

“Estou muito feliz. Nos últimos três anos eu não consegui e agora no meu último ano de faculdade, eu fui campeão, então é muito especial. Encerro com chave de ouro”, vibrou Yuri. “Ano que vem volto como formado e tentando novo título”, acrescentou o campeão da paulistana.

Na open, a disputa foi mais equilibrada e em quase toda bateria, concentrada entre dois talentos locais e estudantes da Faculdade São Sebastião. Gilmar Pulga e Gabriel Richetto se intercalaram na ponta, mas nos segundos finais, quem levou a vitória foi o santista Matheus Dutra, da Unisanta. Guilherme Silva, campeão paulista e brasileiro em 2017, terminou em quarto, mas acabou levando o caneco. Ele e Matheus ficaram com a mesma pontuação, porém o atleta guarujaense ergueu o troféu pelo critério de desempate (melhor colocação no ano passado).

BRASILEIRO

Já no Brasileiro, Renata Monteiro, Stephanie e Yohanna voltaram para a final, junto com Renata Panzenboeck, da Unaerp. Stephanie abriu com um 6,75, que fez a diferença em toda a bateria. Renata Panzenboeck terminou com o vice, com dobradinha para a Unaerp, com Renata Monteiro em terceiro e Yohanna em quarto. “Esse é um dos melhores eventos que tem no Brasil. Hoje recebi a notícia que, infelizmente, a minha vozinha (Therezinha) faleceu e esse título é para ela. Um anjo que está lá no céu, me iluminou e fez vir aquelas ondas”, dedicou a nova campeã.

Na masculina, Tomas Alvarez, da Estácio de Sá, e morador de Búzios, terminou as eliminatórias em primeiro lugar, com Pedro Tanaka em segundo, Renan Castro, em terceiro e Gabriel Richetto, em quarto. Já o campeão de 2017, Guilherme Silva ficou em quinto, menos de meio ponto atrás, seguido do vencedor da etapa da open, Matheus Dutra. Na final, uma nova grande apresentação de Tanaka para assegurar o segundo título nacional (foi campeão em 2016).

Conhecedor das ondas locais, Gabriel saiu na frente, mas o campeão garantiu as melhores notas e ficou com o título. Tomas ficou em terceiro e Renan em quarto. “Eu estava almejando o tetra paulista, não deu, mas o resto foi tudo certo, graças a Deus. Na verdade, o foco principal era o Brasileiro mesmo e ainda com a melhor nota, ficou melhor ainda”, comemorou Tanaka, que no ano passado foi o vice brasileiro.

Fora do mar, o evento contou com muitas atrações gratuitas, para entreter atletas e o público em geral. Jogos, brincadeiras, atividades em vários pontos da arena garantiram muita diversão sob um sol forte. Houve, também, um trabalho de conscientização ambiental e recolhimento de microlixo das areias, feito pelas entidades SOS Praias, Desengarrafando Mentes e ONG Esmeralda.

O 20º Circuito Paulista Universitário de Surf foi uma promoção do Ibrasurf e da Flux Experiences & Entertainment. Projeto realizado através da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Governo do Estado de São Paulo. Patrocínios da Quiksilver, 51 Ice e Decathlon, com apoios da Roxy, Kanaloa, Surfing Village, Cabañas Paraty e Moosse. Apoio de mídia: Off e Waves. Realização da Associação Paulista de Surf Universitário, em parceria com a Federação Paulista de Surf, Prefeitura Municipal de São Sebastião, Associação de Surf de São Sebastião (ASSS) e Associação de Surf de Maresias (ASM).

RESULTADOS DA 2ª ETAPA DO PAULISTA – PRAIA DE MARESIAS

OPEN

1 Matheus Dutra – Unisanta – Santos

2 Gabriel Richetto – Faculdade São Sebastião

3 Gilmar Pulga – Faculdade São Sebastião

4 Guilherme Silva – Faculdade Don Domênico – Guarujá

CAMPEÃO DO CIRCUITO – Guilherme Silva – Faculdade Don Domênico – Guarujá*

Título no desempate com Matheus Dutra

PAULISTANA

1 Pedro Tanaka – Mackenzie – São Paulo

2 Thiago Meneses – Unip – São Paulo

3 Yuri Aguiar – Mackenzie – São Paulo

4 Renan Castro – Instituto Europeu de Design – São Paulo

CAMPEÃO DO CIRCUITO – Yuri Aguiar – Mackenzie – São Paulo

FEMININA

1 Renata Monteiro – Unip – Mongaguá

2 Stephanie Frumento – Unaerp – Guarujá

3 Caroline Peres – Unilus – Santos

4 Yohanna Sarandini – Faculdade do ABC – Santo André

CAMPEÃ DO CIRCUITO – Yohanna Sarandini – Faculdade do ABC – Santo André

FORMADOS

1 Maurício Duarte – Mackenzie – Santos

2 Kaipo de Jesus – Unaerp – Guarujá

3 Diego Rodrigues – Universidade Braz Cubas – Santos

4 João Carlos Chaves – Unisantana – São Paulo

CAMPEÃO DO CIRCUITO – Maurício Duarte – Mackenzie – Santos

TAG TEAM

1 Mackenzie – Pedro Tanaka, Kadu Medeiros, Yuri Aguiar e Renan Castro

2 Unifesp

3 Unip

4 Anhembi Morumbi

LENOVO X-PRESSION SESSION – Guilherme Silva, com aéreo 360º

QUIKSILVER BEST WAVE – Pedro Tanaka, com 8,5 pontos

_______________________________________________________________________________ RESULTADOS DO FESTIVAL BRASILEIRO

MASCULINO

1 Pedro Tanaka – Mackenzie – São Paulo

2 Gabriel Richetto – Faculdade São Sebastião

3 Tomas Alvarez – Estácio – Búzios/RJ

4 Renan Castro – Instituto Europeu de Design – São Paulo

FEMININA

1 Stephanie Frumento – Unaerp – Guarujá

2 Renata Panzenboeck – Unaerp – Guarujá

3 Renata Monteiro – Unip – Mongaguá

4 Yohanna Sarandini – Faculdade do ABC – Santo André

  Texto: Fábio Maradei ]]>