Arte e Vida Marinha em São Paulo

O artista do oceano Erick Wilson realizou mais uma vez uma brilhante passagem pela maior feira de mergulho da américa latina.  A PADI Festival aconteceu entre os dias 11 e 13 de abril no Parque do Anhembi em São Paulo. Com exposição no evento, o artista apresentou obras de arte relacionadas à vida marinha e o mergulho. As telas produzidas em acrílico sobre tela retratam a vida marinha e o contato do homem junto à natureza, enfatizando à preservação ambiental nos temas apresentados. DSCN7958 O ponto alto foi a pintura ao vivo de um mural de quatro metros durante os 3 dias de evento. O tema escolhido por Erick para a pintura do painel surpreendeu à todos os presentes, com um grande tubarão branco sendo acariciado por uma mergulhadora, revelando a conexão humana junto à natureza – “Escolhi este tema para mostrar as pessoas sobre a importância da preservação da vida marinha, desmistificando a idéia de que o tubarão é o vilão do mar. Os tubarões são muito importantes para a harmonia dos oceanos e consequentemente para a vida humana. Não devemos tratar os tubarões como predadores ou assassinos, e sim como um animal livre, que pode viver em conjunto com o Homem” – revela o artista. A riqueza de detalhes da obra produzida por Erick causou curiosidade no público, impressionando pelo tamanho e pela beleza dos tons azuis do oceano. O mural foi visitado e fotografado por dezenas de pessoas, tornando a atração peculiar para o evento. A pintura do mural faz parte do novo projeto iniciado pelo artista, nomeado “Gigantes do Mar”, onde Erick Wilson irá retratar animais marinhos em seu tamanho natural em muros e paredes por todo o Brasil, levando a mensagem ambiental ao alcance de todos. O projeto ainda está em fase de planejamento, em breve mais informações no site www.oceanoarte.com.br. Untidtled Ainda sobre a conscientização ambiental, o artista Erick Wilson é oficialmente embaixador do mar nomeado pela Sea Shepherd, onde aconteceu um encontro ente os membros para a apresentação das novas ações e discussões sobre meio ambiente no estande da organização. As ações na PADI Festival teve o apoio cultural de: PADI, UOT, cabecaFeita.com e Sea Shepherd do Brasil. Para mais informações sobre o PADI Festival, acesse: http://www.padifestival.com.br   Por F. Bari – cabecaFeita.com]]>

Fernanda O'Connell e seu show espetacular de cores

A curadoria do portal cabecafeita.com conduziu uma entrevista exclusiva para o Ibrasurf com a artista Fernanda O’Connell. Residente na Austrália, os temas de suas obras refletem o  estilo de vida de Fernanda, cercada de muito surf e paisagens alucinantes.

Acompanhem: Como você teve seu primeiro contato com a arte? Como foi seu processo de descoberta pessoal? Desde pequena gostei de desenhar, principalmente o mar e as ondas. Sempre fui fascinada com o oceano, e sonhava morar perto do mar. Acho que uma característica forte da minha personalidade é a criatividade. Na arte, pude me expressar melhor e percebi isto desde cedo, na época da escola. Houve algum mestre envolvido no processo inicial? Inicialmente não. Na verdade, depois que comecei a pintar com uma profissional aqui na Austrália e desenvolver meu próprio estilo, comecei a procurar inspiração em diferentes artistas. Sempre fui uma pessoa muito individualista, sinto necessidade de me expressar de um modo diferente e com isso, procuro não me influenciar por artistas especializados no meio “surf art”. Hoje em dia, a composição da paleta de cores pode vir de uma coleção de algum estilista de moda,  de um cenário de um filme, de alguma obra de um mestre ou apenas do meu estado de espírito. Qual tipo de arte lhe atrai? É difícil dizer e selecionar somente um estilo. Mas aprecio muito o Renascentismo, Impressionismo e Pós Impressionismo. Engraçado, dizendo assim, acho que fica fácil descrever,  aprecio muito a técnica. Curioso também que apesar de me considerar como uma pessoa inovativa, aprecio muito na arte, os mestres de um passado bem distante. Quais fontes de inspiração para os seus trabalhos? Pelo incrível que pareça, em relação à composição de cores, tiro inspiração através das tendências da moda. Sempre fui muito ligada à moda! E em relação aos ângulos da onda e as paisagens, definitivamente vem de quando eu estou surfando! Como foi o processo de mudança do Brasil para a Austrália, principalmente no lado da arte? Vim pra Austrália primeiramente para aprender inglês e pegar onda. Meu sonho era surfar Kirra Point (que rolava antes dos bancos se tornarem clássicos) e Burleigh Heads. O problema era que eu não tinha nenhuma experiência nesses tipos de onda. Graças ao meu marido e nossas viagens pelo mundo surfando ondas cavadas, melhorei muito! Como estou na Austrália desde que eu tinha 19 anos, tenho desenvolvido muito minha personalidade e meu olhar artístico por aqui, conectando com a história local, a arte aborígene e mestres Australianos da arte. Como funciona o movimento artístico na Austrália?  Fale um pouco da cena atual que você absorve por aí… Austrália é um país muito jovem. Desde que cheguei aqui, há 17 anos, o país em geral evoluiu muito em todas as áreas: Arte, culinária, cinema, arquitetura, design… Sou muito interessada em todas essas áreas e é muito interessante participar do desenvolvimento da cultura australiana como um todo. Acabei de voltar pra morar em Sydney, depois de 10 anos em Ulladulla, e como estou aqui na cidade existe muita oportunidade de visitar as galerias, exposições, shows de música (que eu adoro!!) e assistir muitos filmes. Fale um pouco do seu processo artístico? Há algum ritual, meditação ou preparação para desenvolver seus quadros? Quando começo uma nova pintura, a ideia surge muito rápido na minha mente. Começo com um estudo da composição em desenho, às vezes faço também um gráfico das cores. Daí trabalho com pincéis enormes (no começo). Subsequentemente, os pincéis vão ficando cada vez menores e parece que embarco em uma viagem que às vezes não me lembro direito do processo que rolou… Como vê o desenvolvimento da Surf Art no mundo? Nessa era da internet fica muito fácil para que qualquer movimento ou manifesto seja espalhado pelo mundo com muita facilidade. Acredito que existe espaço, e esse é o meu anseio como profissional: que bons trabalhos sejam expostos em galerias de renome, e que o trabalho de muitos “surf artistas” sejam considerados pela sua beleza e técnica na composição, ajudando o surf a quebrar mais os tabus que existem ao redor do esporte. E no Brasil? Nós, brasileiros em gênero, somos um povo muito caloroso, cheios de energia e paixão… Acredito que sites como Cabeça Feita e o Festival Alma Surf estão ajudando a destacar mais os artistas e o lifestyle surf em geral. No final das contas, o público precisa investir nas artes e o artista precisa ser considerado como um profissional e ser pago devidamente por isso. Os temas de suas obras envolvem a onda em si e paisagem de praias. Qual o principal objetivo da sua arte referente ao espectador/observador? O objetivo do meu trabalho, principalmente o fato de omitir total a forma humana, é que o expectador se desligue do dia a dia e se imagine, surfando sozinho, num mar maravilhoso onde Deus presenteia os surfistas com um show espetacular de cores. O que você acha de exposições de arte? Qual a contribuição e experiência que exposições trazem para o artista? Com toda a certeza, exposições de artes ajudam o artista a ser promovido. São essenciais para que o artista estabeleça compromisso, determinação e fortaleça sua visão. Cite artistas que você admira. O australiano Ben Quilty e o já falecido Brett Whiteley. Outro australiano que também admiro é Nicholas Harding e seus retratos a óleo alla prima. Chuck Close, artista especializado em retratos mas dessa vez de um meio chamado de foto realismo. Tem ainda Amadeo Modigliani, o inglês David Hockney, o grafiteiro Bansky, Paul Gauguin, Paul Cezanne, Henri Rousseau, Henri Matisse, Toulouse-Lautrec, Klimt, Otto Dix, Leonardo da Vinci… Todos esses por motivos muito mais do que só pelos seus trabalhos. Quais são seus projetos para o ano? Tenho desenhado muito e divulgado pouco meu trabalho, pois me envolvi em um projeto grande de arquitetura de interiores e styling de moda esse ano. Por isso, meus trabalhos se concentraram em desenhos de móveis e marcenaria. Eu também acabei de abrir uma loja em parceria com uma amiga, concentra somente em moda. Então, nos meus dias em casa é que vou produzir meu trabalho artístico. Durante esse ano, vou colaborar com um escritor em um livro que retrata a historia de uma família de refugiados procurando asilo em outro país,  sua trajetória pelo mar buscando uma vida melhor. É uma historia pequena, um livro ilustrado para um target de crianças a cima dos 8 anos. Então vai ser o mais light possível. Também acabei de traduzir um filme australiano de bodyboard para um amigo, estrelando o atleta brasileiro Magno Passos. Quero incorporar pessoas nos meus trabalhos e vou continuar explorando folhas de ouro e prata, que são matérias que usei em todos os meus trabalhos esse último ano. Qual seria sua dica para artistas que estão começando? Acredite em si mesmo e acima de tudo. Como artista, seja sincero e autêntico no seu trabalho. O que faz a cabeça de Fernanda O`Connell? Surfar com meu marido, meu filho e minha filhinha pequena que está começando agora. Passar o dia inteiro na praia pegando onda com as pessoas queridas, realmente é minha maior fonte de alegria! Gosto de ser criativa, seja com projetos de interiores, pintando, trabalhando com moda, desenhando móveis… Gosto de inventar! Pois assim aprendemos coisas novas. Tenho muitos prazeres nessa vida, mas juntar a família que está no Brasil e cantar com meus primos, é algo que não faço à uns 3 anos e sinto muita alegria! Família, amigos, arte, música, filmes, design de interiores, moda e é claro, uma boa session de surf…that’s what I am all about! Fotos: Aquivo pessoal da Fernanda O’Connell]]>

O mar e as ondas pelo pincel de Gica Piá

IBRASURF: Fale um pouco do seu trabalho GICA PIÁ: Sempre fui fascinado no mar, as ondas, os movimentos, tudo é lindo demais, é inspiração pura. Até que resolvi passar essa paixão pelas ondas para a arte digital, pois ela dá uma flexibilidade ilimitada. Já fiz artes em tela, com tinta óleo mas parei, mas agora pretendo começar novamente. Esse é o caminho inverso, mas quero fazer de novo. IBRASURF: E como é esse lance do digital? GP: Comecei na arte digital quando conheci uma mesa digital e fiquei fascinado pela flexibilidade, e as técnicas são as mesmas de pintar um quadro ou um papel, mas a diferença é que já faz direto no computador, não precisa escanear nada. Meus quadros eu faço e imprimo em papel fotográfico fosco e enquadro, o que fica lindo demais. IBRASURF: Qual o tema predominante nas suas artes? GP: Agora eu tenho a realidade das ondas e do surf e o digital imaginário delas também. Tudo no surfe me fascina, e o mar é o artista principal, e o surf digamos que é o coadjuvante, com as manobras e os tubos. IBRASURF: E qual o seu estilo? GP: Hoje eu defino meu estilo como “largado”, pois não quero definição nos meus desenhos. Quero que a pessoa veja uma onda na arte, não precisa ser realista, mas quero que o espectador saiba que ali é uma onda, com o surfista ou sem ele. IBRASURF: Quais elementos englobam seu processo criativo? GP: Meu processo criativo e minha inspiração vem de pensar em coisas boas, sentar numa varanda sozinho, olhar o horizonte, ver o sol e o mar, que é uma inspiração total. A família também, como minha filha, que é uma inspiração sem tamanho. IBRASURF: Cite alguns artistas que fazem sua cabeça. GP: Tem alguns artistas que eu gosto, como Drew Brophy, acho seu estilo bem diferente. Gosto também do Tom Veiga, que além de brasileiro, tem um jeito único de trabalhar seus desenhos, com mínimo de traço. Se for olhar tem muitos artistas ótimos, mas eu acho que esses  tem o diferencial. IBRASURF: Quais suas metas daqui pra frente? GP: Meus temas são sempre os mesmos : o mar e as ondas. Acho que é porque sou apaixonado por tudo isso. Meu sonho é ir para o Hawaii desenhar sentado numa varanda de frente para o marzão. É só um sonho, mas quem sabe um dia? Por Fernando Bari – cabecafeita.com Fotos: Arquivo pessoal/Gica Piá ]]>

Surf Art nas pinceladas de Fernando Bari

um portal focado em propagar a cultura e a informação educacional através da arte de diversos artistas que expressam e vivem a cultura surf. Uma figura bem conhecida em eventos do Ibrasurf, Bari respira arte. Confira a entrevista “inspiradora” que ele nos cedeu: IBRASURF: Como surgiu a idéia do cabecafeita.com? Bari: A ideia surgiu quando eu navegava na internet buscando desenhos de onda para pintar uma tela. Foi um pouco difícil achar algo na época. Ao me deparar com uma onda do artista Kem McNair fiquei amarradão, pois me lembrei da época da escola, a onda era muito parecida com as que eu desenhava nos cadernos. Isso ativou minha curiosidade e passei a pesquisar mais e mais. Fui ficando cada vez mais fascinado pelo assunto, até chegar aos tradicionais John Severson, Phil Roberts e Rick Rietveld. Saquei ali que havia realmente arte baseados em técnicas acadêmicas e não só dos desenhos. Fiquei tão feliz por saber que havia tantos caras bons fazendo arte com o surf, que algum tempo depois resolvi montar um blog. Fiz uma homenagem para o artista havaiano Clark Takashima, ele gostou e elogiou tanto que foi um incentivo a continuar postando, aí fui me envolvendo cada vez mais. IBRASURF: Falando um pouquinho de mercado. Você acha que dá para viver APENAS de Surf Art? Esse trabalho é valorizado no Brasil? Bari: Na realidade acho que com dedicação, qualquer tipo de arte é viável como profissão. Na Surf Art não é diferente, temos o bom exemplo do estimado artista Tom Veiga, que ganhou o mundo, porém ele se dedica muito, as coisas não caíram do céu para o Tom, o cara corre atrás, vai pra cima. Recentemente ele deixou seu cargo em uma agencia de publicidade para se dedicar integralmente a arte, mostrando a todos que é sim possível. Quanto a valorização, acho que é uma combinação de alguns fatores: Alguns veículos “flertam” com o movimento, mas ainda falta muito, é superficial demais! Temos grandes artistas no Brasil, utilizando inovadoras técnicas de pintura, esculturas e fotografia, e eu não vejo um aprofundamento eficaz dos veículos ou marcas de surf atuais. Não oferecem um material educacional relevante ou realmente interessante para suas audiências, isso requer pesquisa e conhecimento, os caras acham algo bonito, ou que esteja bombando em redes sociais e publicam…Temos muito recurso artístico no Brasil, no qual poderiam render reportagens alucinantes, e eficazes no âmbito da informação e educação em artes pra quem consome mídia, seja televisiva, impressa ou online. IBRASURF: Como surgiu o termo Surf Art? Bari: Não vejo Surf Art  como um termo, e sim como um movimento artístico, evoluindo e crescendo com quem participa ativamente dele! Principalmente pela espontaneidade dos artistas e do lance todo, isso naturalmente resulta em rótulos, onde se define o tipo de arte aplicada. Vejo a Surf Art surgindo assim como os movimentos do cubismo ou expressionismo, onde um grupo de artistas estão preocupados apenas em expressar seu cotidiano, suas vontades e suas inspirações, sem maiores preocupações, apenas flui! Esse processo, evidentemente, com o tempo resulta em um movimento artístico. Daqui a cem anos, nos livros de história da arte quem sabe não rola o verbete Surf Art, descrevendo esse grupo de malucos que expressam as ondas e o mar. IBRASURF: Na sua opinião, quais grandes nomes representam  a arte Surf no Brasil e no mundo? Bari: Como citei anteriormente, é um grupo de artistas, e esse grupo está unido e fortalece o movimento. Eles trocam informações, apreciam os trabalhos e técnicas uns dos outros e aprendem entre si, dando continuidade à arte. Um bom exemplo disso, e um dos pioneiros no assunto, é o Mestre Maritmo. Além da sua técnica apuradíssima, já presenciei-o ensinando outros artistas, ou dando dicas técnicas e informações de uso de materiais, etc. Na minha opinião, toda arte tem sua sacada, por mais simples ou sofisticada que seja, tem sua peculiaridade, sua história. Pra citar alguns: Flavio Caporali, Erick Wilson,Cláudia Simões, João Vianey, Hilton Alves, Fernanda O`connell e Maritmo, estão na ativa há anos já. O Rio de Janeiro é especialmente um seleiro de bons artistas como Leandro Silva, Marcelo Vieira, Daniel Martinelli, Bê Sadala. Espalhados Brasil afora, como a Rosa Angelia e Bruno no nordeste. Há muitos outros, mas não caberia aqui…. Na gringa, eu particularmente curto muito o trabalho do John Serveson, aquarelista e um dos pioneiros. Também Rick Griffin e Drew Brophy por propagar o movimento desde os anos 70. Me amarro nas esculturas e pirações do Ithaka. Acho o trabalho do Wade Koniakowsky muito expressivo, com poucas pinceladas o cara passa a  mensagem. IBRASURF: Você também é um grande artista…. Conte-nos um pouquinho de seu trabalho. Quais são suas inspirações? Bari: Meu trabalho é uma eterna experiência, um aprendizado contínuo. Gosto de experimentar coisas. Basicamente trabalho com aquarelas. Tenho um ritual pacífico ao misturar tintas até chegar ao tom que me provoque alguma sensação, isso faz minha cabeça na arte. Inspiro-me principalmente nas estrelas e constelações, gosto da relação que os gregos e os índios tinham com o céu. Na real, os caras faziam arte sem pincel, já que as constelações foram criadas com retas interligando estrelas próximas uma das outras, resultando na forma primordial de um desenho, algo como ligar os pontinhos até achar um desenho lá no espaço, é o uso puro da imaginação. Já no Surf, me inspira um rolê de bike e as sensações que isso provoca. Espírito livre de interferências: é você, o mar e a brisa. IBRASURF: Qual a relação do surf na sua vida e no seu trabalho? Bari: No final dos anos 70, com alguns meses de vida já rodava as praias com meu pai. Comecei a surfar mesmo com 11 anos quando minha família se mudou para a praia. De lá pra cá não parei mais, até influenciar meu trabalho. Sou diretor de arte, passei por algumas agencias até cair no âmbito esportivo. Primeiramente foi o futebol, trabalhei alguns anos no departamento de criação do São Paulo FC, dentro do Morumbi. Daí me injuriei e fui morar em Floripa, surfando pacas e trampando com o Avaí F.C, mas meu foco era o mercado do surf, então passei a ser editor de arte no jornal Drop. Após alguns anos voltei pra Sampa para trabalhar com os irmãos Lumbras, na agencia de mesmo nome focada  no surf, foi uma escola pra mim, os caras são demais e me ensinaram muito. Lá fiz criação para várias marcas de surf. Hoje tenho meu próprio estúdio de design e atendo marcas relacionadas ao esporte. Além disso, estou envolvido em projetos ligados à arte, realizando exposições e eventos há alguns anos. Nas minhas pinturas, tenho o apoio da marca de roupas Seal Brazil, e estou assinando a coleção de verão 2013 da marca.  IBRASURF: Quais as principais exposições que você realizou curadoria? Bari: Em exposições coletivas, além das ações no Paulista Universitário e USP realizei a Mostra Surf Art Brazil reunindo mais de 160 obras de arte relacionadas ao surf. Nas exposições solo, já fiz as exposições de Erick Wilson, João Vianey, Lolô Camargo e também do mestre Ithaka. IBRASURF: Através de sua curadoria, você participou de importantes eventos universitários, como o Paulista Universitário de Surf e o Curso de Surf na USP, ambos realizados este ano. Qual a importância de sua participação nisso, digo no fato de levar esse tipo de arte para o público universitário? Bari: Bom, no circuito universitário, é o segundo ano que participo, organizando a parte artística e fazendo a curadoria. A principal meta da minha participação no projeto é compartilhar a arte de forma fluida e direta, ou seja, levando informação técnica e acadêmica para os alunos, assim como fornecer para o artista o feedback que absorvo durante o processo, é um intercâmbio cultural na verdade. A estrutura do evento abre possibilidades genuínas para trocas de experiências entre universitários e artistas. Além das exposições das telas dos caras que não estão presentes fisicamente no evento, levamos também artistas para apresentação e performances nas universidades, apresentando técnicas variadas de pintura , em diferentes superfícies como telas, shapes de skate, pranchas de surf e até murais. Esse procedimento abre a mente dos alunos, pois estamos levando ideias novas, diferentes possibilidades e fomentando tendências. Isso transforma o evento em uma espécie de workshop artístico. É eficaz para todos envolvidos, desde o mais experiente até os novatos. Um fator relevante no evento, é que sempre ingressamos os próprios alunos das universidades nas exposições e performances, incentivando-os a praticar arte e principalmente, dar a chance dos universitários mostrarem seus trabalhos, tendo em vista que parte destes artistas são iniciantes. Nos cursos da USP estamos há três anos levando arte para os inscritos e a Surf Art é sempre bem recebida e absorvida pelos presentes. Para quem participa, o Ibrasurf  oferece ao artista a participação integral no curso de marketing no surf. Esse lance é bem positivo, pois os caras assistem palestras com verdadeiras feras do mercado, abrindo mais possibilidades de negócios, além do network com gerentes de grandes marcas e instituições. Esse ano de 2012 foi bem agitado, rodamos as principais Universidades de São Paulo mandando muita tinta e fazendo a cabeça da galera. É fundamental uma instituição ter este tipo de iniciativa oferecendo oportunidade real de crescimento ideológico, técnico e profissional. Aproveito a oportunidade em nome dos artistas envolvidos para agradecer ao Ibrasurf pela parceria e as boas vibrações compartilhadas ao longo do ano. Mahalo e boas artes!! Fotos: Arquivo pessoal]]>

A arte de Ligia Nobrega

Durante toda a sua vida, Ligia se dedicou à Arte – Educação. Deu aulas no Objetivo Junior, Sacré Coeur de Marie, Imaculada Conceição e Escola Vera Cruz onde trabalhou por 32 anos. Também foi Contadora de Histórias em muitos projetos de Arte – Educação no Espaço de Cinema Unibanco. Chegou a fazer algumas exposições individuais na Praia de Camburi onde tem casa, mas nessa época desenhava quando dava e não tanto como desejava. Em 2010/11, após passar 3 meses na Austrália com a filha que mora em Gold Coast e sempre amou a prática do surf, iniciou seu percurso em cima do tema “Mar”: “Nessa viagem desenhei bastante. Nossa casa era do lado de Duranbah, Green Mountain, Snapper e conheci muitos outros picos do surf. Foi aí que passei a me apaixonar pela cultura do mar.” De volta ao Brasil, depois de fixar residência em Camburi, começou a pintar umas “kombizinhas”, tendo como fundo praias , ondas e surfistas. Sem pretensão nenhuma, publicou essas aquarelas no Facebook e para sua surpresa teve um feedback bem legal. “Conheci o Tito Bertolucci, da Galeria Alma do Mar, que  me convidou para fazer uma exposição individual agora em outubro e novembro/2012 inaugurando o Verão Cultural em Camburi e Maresias. Estou muito empolgada!” Trabalhando a técnica de acrílica sobre tela com seu olhar totalmente focado para o mar, Ligia aceita o desafio e com emoção e profunda intimidade, se sente motivada a pintar mais e mais. “Executar essas pinturas tem sido um desafio e uma grande conquista. E estou muito feliz por realizar esse sonho que de certa maneira, é a forma que encontrei de estar mais próxima de minha filha. E  é a ela, com muito amor, que dedico toda a minha obra.” Fotos: Arquivo pessoal]]>

USP recebe exposição de Surf Art – Artista Vinicius Parisi

A Universidade de São Paulo, a USP, recebe nesta terça-feira a quinta edição do Curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negócios realizado pelo Ibrasurf. Assim como na edição passada, este ano de 2012 conta com a presença de exposições de Surf Art durante o curso, apresentando aos inscritos obras de arte relacionadas ao esporte com muita personalidade, estilo e altas ondas. A organização das exposições e curadoria fica por conta do portal cabecaFeita.com, especializado em Surf Art trazendo surf artistas com muita expressão para colorir ainda mais o evento. A primeira exposição começa dia 24 de abril com o artista Vinicius Parisi retratando o surf de forma original com sua mistura diversificada de cores e traços, resultando em uma arte compatível principalmente com pranchas de surf.

Sobre o artista

Frequentador da praia da Riviera de São Lourenço, começou a pegar onda desde cedo aos 12 anos de idade, e já tomando interesse pelas arte – “Sempre tive o gosto pelo desenho, desde pequeno já rabiscava cadernos e carteiras da escola. A arte nas pranchas surgiu depois do conselho de um amigo, dono de escola de surf, que se interessou pelos meus trabalhos.”- revela Vinicius Parisi. Sua técnica consiste no uso de canetas permanentes para a produção das arte, e além de telas, sua especialidade são as pranchas de surf  – “Decidi ir atrás dos materiais necessários e das principais referências na área. Depois da primeira prancha feita não demorou para aparecer novas oportunidades. No embalo estou desenvolvendo alguns trabalhos na área de design, curso que faço atualmente.” – diz o artista. Seu trabalho ganhou força e aprimoramento da técnica quando começou a desenvolver desenhos e artes nas pranchas Surfavel Surfboards, onde seu trabalho foi levado mais à sério, ganhando proporção profissional e postura do artista. Estudante do curso de Design de Produto na Faculdade Mackenzie, Vinicius reforça seus estudos com bastante leitura sobre artes. A relação com o design é notável em sua arte, revelando formas geométricas e a simetria dos traços com as pranchas que pinta. Na faculdade, encontrou a parceria de seu amigo Pedro Henrique, estudante de Design Gráfico, formando um estúdio de design denominado Barong – ” É Deus Bali que representa paz,  luz e deixa as coisas ruins longe. No país de origem, a Indonésia, onde a diversidade de línguas e religiões são enormes, trazendo característica única para esse povo, me inspirou a colocar este nome, além da influência em meus trabalhos.” explica o artista.

Técnica e estilo

A principal técnica utilizada pelo artista são as canetas permanentes, misturadas com tinta spray – “Utilizo canetas a base d’agua e sprays para pinturas em pranchas de surf. Gosto muito de pinturas com bastante contraste, cores fortes e pretos marcantes.” diz Vinicius. Os temas predominantes na arte de Vinicius Parisi são essencialmente elementos como peixes, ondas, linhas abstratas, grafites e caveiras, e quando possível o artista faz a união desses elementos. A inspiração para a arte de Vinicius vem de culturas antigas indígenas, além de países como Indonésia e Hawaii,  soando como uma releitura moderna de traços ancestrais. Para saber mais sobre Vinicius Parisi Para saber mais sobre o Curso Surf – USP Para saber mais sobre Surf Art ]]>

Entevista – Tom Veiga

O portal cabecaFeita.com entrevistou Tom Veiga nas dependências da sede do Ibrasurf durante sua passagem por São Paulo no mês de março para apresentar sua exposição solo, e neste início de abril, Tom comemora um lançamento importante para  A Surf Art brasileira. Com suas ondas e traços característicos, o artista estampa a nova coleção de inverno da marca Billabong, incluindo o lançamento de um video exclusivo exibindo seu lifestyle, elevando ainda mais o nível da Surf Art mundo afora e abrindo portas para outros artistas brasileiros alcaçarem novas metas. [vsw id=”Kx3UhZnknR0″ source=”youtube” width=”530″ height=”360″ autoplay=”no”]   Como foi o seu início com as artes e com suas ondas? O início do meu trabalho foi bem intenso, para descobrir um traço meu foi muito tempo, muito estudo, muito teste, muitas madrugadas, fins de semana, almoços, muitas tintas, rabiscos até chegar a um resultado final que ficasse bom através do design. Depois de ter conseguido um traço meu, um estilo próprio as coisas começaram a acontecer, começaram os primeiros posts e matérias falando do meu trabalho, inclusive a primeira pessoa que postou meu trabalho no Brasil foi o CabecaFeita, não esqueço disso. Depois de um tempo eu mesmo comecei a trabalhar em divulgar minha arte, pois aquela frase “quem não é visto não é lembrado” é real, e se você não fizer tua parte ninguém vai fazer por você. Hoje vendo o alcance, vendo os projetos e tudo o que aconteceu, me motiva a sonhar mais alto para levar a bandeira da Surfart do Brasil a muitos lugares e assim também levar novos artistas do Brasil junto, temos que nos unir e pensar em conjunto e não só individual. Seu trabalho ganhou destaque em diversas publicações ao redor do mundo, quais as mais significativas na sua opinião? Para mim, falando de publicações mais importante hoje foi a Surfers Path, matéria falando sobre 7 artistas do oceano e fui o brasileiro no meio da lista, fiquei muito honrado por isso, também as matérias na Fluir e Hardcore aqui no Brasil foram importantes pra mim, no Brasil mesmo saiu na revista Computer Arts, Solto, também ja saiu na Surfos da América Latina, saiu na SurfRadical importante revista de Surf da Espanha, na TidMag, revista da Alemanha, na revista da Airfrance com público estimado de 1.25 milhoes de pessoas na Holanda, e agora também vai sair uma entrevista com capa da maior revista de surf da Itália, a SurfCulture e uma entrevista na maior revista de surf de Portugal a Surf Portugal, já pude enviar meu trabalho para 4 continentes em mais de 15 países também. Em sites saiu em vários importantes pelo Brasil e pelo mundo também. Legal ver as portas que Deus tem aberto para o meu trabalho pelas nações espalhando cores e ondas mostrando um pouco da nossa brasilidade através das artes. Como foi a preparação para sua primeira exposição solo realizada em São Paulo? A preparação foi intensa, pra mim é a primeira grande exposição que estou fazendo, era um sonho expor na Galeria Alma do Mar, e poder fazer isso juntando vários amigos, em conjunto com a Banda Reobotezion foi perfeito. Preparei as obras mais importantes para mim para essa expo. Foi na correria mas deu tudo certo, a exposição ficou linda e foi marcante para mim, pude nela conhecer muitas pessoas legais e pude compartilhar um pouco das minhas experiências com várias pessoas, então a expo em si foi legal por conhecer pessoalmente várias pessoas e muitas das quais sou fã. Foram feitas obras exclusivas para essa expo? Quais foram suas inspirações? Sim, levei obras clássicas e obras exclusivas. As que chamo de clássicas são as que tem mais repercussão, precisava levá-las para as pessoas verem como elas são de perto, e fiz questão de levar algumas obras exlcusivas todas inspiradas em Pipeline. Para mim, a onda mais encantadora do mundo, obras que fiz no início do ano com muito cuidado. Sua arte ploriferou em todos os cantos do mundo, quando foi que percebeu que as pessoas estavam de fato inrteressadas em suas ondas? Percebi isso quando começou a ter muita gente falando sobre as características do meu trabalho, falando sobre a minha maneira diferente de refletir as ondas através das cores e movimentos, isso foi um termômetro pra mim com relação ao meu trabalho, nao imaginava que iria ter tanta aceitação, mas graças a Deus isso me motivou a trabalhar mais, aperfeiçoando meu traço. Também pelas vendas para várias partes do mundo, isso mostrou que tava no caminho certo e que precisava investir mais tempo em aperfeiçoar. Qual sua relação com os campeonatos de surf? Você já fez arte para o Super Surf, inclusive premiando o Gabriel Medina. Poxa, isso foi uma porta que Deus abriu que ajudou muito na divulgação do meu trabalho, isso era um sonho que eu tinha de ver meu trabalho como troféu de um campeonato, e isso aconteceu já na etapa do Super Surf Costão do Santinho de 2010, que o Bernardo Pigmeu ganhou em primeiro lugar e o Medina ficou em segundo, fui pra Floripa só para entregar essa arte e isso foi em parceria com dois grandes apoiadores da arte no surf do Brasil, o portal CabecaFeita.com e a Galeria Alma do Mar. Lembrando que precisamos de apoio para chegar mais longe e esses parceiros fazem parte disso. Agora ver outra vez em 2011 no Super Surf Praia da Vila o Medina segurando o troféu de primeiro lugar com a minha arte depois de uma apresentação épica foi um troféu pra mim….realmente foi emocionante, o Edinho Leite colocou no site da ESPN, onde tinha a foto do Medina segurando o troféu, que era um artista segurando a obra de outro artísta, fiquei feliz nesse momento, pois não era só um troféu naquele instante, mas era uma arte de um artista sendo reconhecido, e isso valoriza todos os artistas, também teve obra da Rosa Angélia como parte da premiação, isso valorizou a classe dos artistas das ondas brasileiros. E como vê o apoio a arte no Brasil? Meu objetivo é fazer com que o Brasil valorize a arte no surf, invista e compre as artes, pois temos que ser valorizados pelo nosso trabalho. É uma pena a falta de apoio de eventos e marcas de surf no Brasil ou mesmo a valorização dos artistas brasileiros, acontece sempre de copiarem artes de artistas em cartazes de eventos mas nao valorizam a arte, precisamos mudar esse quadro. Os artistas precisam se unir cada vez mais, um sempre alertando o outro quando vêem algo sendo copiado ou pirateado, precisamos cada vez mais indicar outros artistas em oportunidades que se abrem, precisamos fazer com que o sucesso de um seja o sucesso de todos, assim todo mundo ganha. Mas estamos trabalhando e ganhando cada vez mais espaço, vamos mudar esse quadro. Como foi representar o Brasil no Internacional Surfing Day? Esse foi mais um sonho, eu pedia à Deus por essa oportunidade e ela veio. Ser convidado pela Surfrider Internacional para fazer a arte do Surfing Day 2011 foi uma honra, e a arte escolhida ainda foi amarela e azul que é uma homenagem ao Brasil. A repercursão foi enorme, isso sai em toda a mídia surf por ser o principal evento sócio ambiental do mundo, até o Hilton Alves me mandou uma foto do Hawaii com o cartaz nas mãos que veio na revista Surfer. Então, pra mim ter feito essa arte tão importante me motivou a continuar trabalhando e sonhando com novas oportunidades, projetos assim nos inspiram muito. Mas fico feliz pela porta que isso abre para outros artistas do Brasil, pois eles tem olhado o nosso trabalho. Além de encantar artistas e apreciadores do surf, sua arte tem chamado atenção de designers e diretores de arte pela inovadora forma que você lê e interpreta o oceano, inclusive algumas publicações importantes como a Computer Arts. Como é a relação entre a arte e o design? É verdade, meu trabalho por ter como base o design, acaba não ficando apenas no surf, vai para a área do design e isso ajudou meu trabalho a ganhar mais espaço, pois saiu em muitos sites importantes que fala sobre referência e design, pela forma como trabalho minhas artes e também na revista Computer Arts. Sou designer, e uso do design para expressar minha paixão pelas ondas, então fico feliz por isso, mas fico mais feliz em poder expressar minha paixão da forma que gosto, pois recebi muita resistência no início do meu trabalho por minha arte não ser pintada com tinta em tela, mas não me preocupei com isso e foquei em aperfeiçoar meu trabalho da forma que achei melhor, com o próprio design, e isso acabou ajudando meu trabalho a ganhar um espaço. Mas como designer não trabalho só com ondas, pois no meu dia a dia trabalho com campanhas e materiais de clientes em geral, e hoje estou agora aprendendo e desenvolvendo a pintura para poder ter também uma experiência nova com a pintura, mas usando o design como base. Fale um pouco dos projetos para produtos customizados. Tenho a idéia de fazer muita coisa ainda, mas esse ano vou lançar as almofadas, sacolas, camisetas, xícaras, adesivos de ipads e iphones, pois no Brasil as pessoas não compram muitos quadros, mas investem em produtos, e quero ver as ondas chegando nas casas das pessoas de uma forma ou de outra. Fora os produtos feito com marcas que vão ser lançados nesse ano e no ano que vem. Em San Diego, Califórnia, crianças usaram sua arte como referência para aulas de educação artística. Como foi isso? Tem planos futuros envolvendo projetos sociais? Cara isso foi animal, me emocionei com isso, ver crianças na Califórnia fazendo uma releitura do meu trabalho me deu muita alegria, pois lá é um dos berços da arte no surf e as crianças escolherem o meu trabalho para isso me deixou honrado. Penso em entrar nas escolas e vilas carentes para ensinar arte assim como artistas que admiro muito ja fazem, caso do Hilton Alves, Alexandre Huber, Erick Wilson, quero fazer isso logo para divulgar mais a arte no surf, despertar novos artistas e trazer uma mensagem de conscientização ambiental nas crianças. A Surf Art está a todo vapor e fazendo a cabeça de mais e mais pessoas. Como é a Surf Art fora do país, e a influência que ela causa no Brasil? Cara, a arte fora do Brasil tem um espaço legal, mas estamos aqui no Brasil fazendo muita coisa também, não vejo que estamos tão longe dos gringos, pois temos muita criatividade, muitos artistas com alto potencial e criatividade aqui. Mas temos que aprender com o que deu certo lá fora, penso que temos que ter mais galerias aqui no Brasil e ter mais artes nas lojas de surf, mas estamos no caminho. O próprio portal CabecaFeita.com mesmo tem levado arte para as faculdades, junto com o Ibrasurf, e isso é um tijolo na construção de uma outra mentalidade com relação a Surfart aqui no nosso país. Também acho que falta um pouco de profissionalismo em alguns artistas que tem potencial de chegar mais longe, mas falta um pouco de saber como divulgar seu trabalho, como aproveitar melhor oportunidades, como fazem os gringos, que são tops em marketing e precisamos aprender mais com isso. Quais os artistas que te encantam? Cara, gosto demais do trabalho do Erik Abel, primeiro artista que vi com um estilo próprio e que me inspira, também gosto das curvas e cores do Jay Alders, do realismo do Hilton Alves e o que ele conquistou como artista brasileiro lá no Hawaii, e gosto muito do trabalho da Heather Brown, pelas cores e formas. O que faz a cabeça do Tom Veiga? Estar conectado com Deus, autor da criatividade, estar conectado com a minha família que é meu tesouro na terra, fazer ondas que me da prazer e ajudar pessoas da forma que posso, isso faz a minha cabeça. Para conhecer mais o trabalho de Tom Veiga acesse: www.seriewaves.com ]]>

Michel Freyer

Surf, Arte e Madeira Reciclada O surf inspira e incentiva à arte de Freyer:  “Para mim o surf começou na costa basca na França e depois que eu me viciei no esporte,  viajei por vários meses para Maui no Hawaii. A experiência de estar no Hawai foi uma influência muito grande para mim. Todas as ondas poderosas, a cultura e as pessoas acabaram mudando  minhas prioridades e a minha visão da vida.” – diz o artista. “Voltei a estudar arte aqui na Alemanha e foi tranqüilo aplicar meus conhecimentos para trabalhar como SurfArtista, depois de ter trabalhado vários anos com grandes marcas de Surf como O `Neill, Quiksilver e Mormaii aqui na Europa. Nesta época eu estava viajando muito para a Indonésia e a costa atlântica francesa, me inspirando muito e criando meu estilo, porém, depois de um tempo, percebi que eu tenho que adaptar minha arte cada vez mais para as reivindicações das empresas, limitando minha criatividade. Então, decidi seguir o meu próprio caminho e mostrar minha arte em diversos festivais pela Europa (BiarritzSurfArtFestival, ISPO Munique ).” Utilizando diversas mídias, entre elas a madeira, o artista revela seu processo criativo – ” Driftwood é um dos meus materiais favoritos para trabalhar. Eu amo a idéia de que a madeira atravessou o oceano e encontrou-me para  ser processada em uma obra de arte.” – dispara Freyer.

Esculturas na parede

Além da arte em madeira, Michael Freyer também faz esculturas em murais que ele denominou “The Dudes” na qual tem um relacionamento especial. É um grupo de esportistas surfando em longboards, pranchas retrô, SUP e skate. A inspiração para a criação desta série veio da Indonésia, onde Freyer encontrou um cara magrelo que vivia transitando na selva à procura de picos de surf. Meu objetivo para o futuro é surfar o quanto for possível e desenvolver a minha arte e ensinando minhas duas filhinhas um estilo de vida boa e tranquila. Para saber mais: http://www.etsy.com/shop/SurfArtMichel  ]]>