Um pouco sobre Baleias e Golfinhos – parte II
Recordando:– Odontocetos tem dentes (odonto), possuem crânio assimétrico e apenas um orifício respiratório no topo da cabeça e, com exceção do cachalote, a maioria é menor que as baleias. Vocalizam para comunicar-se com outros indivíduos da mesma espécie e utilizam ultra-sons para localização de outros animais.Exemplos: Golfinhos, Cachalote, Orca e Narval.– Misticetos não tem dentes e são caracterizadas pela presença de aparatos alimentares diferenciados chamados barbatanas, estruturas córneas enraizadas na maxila em forma triangular, com parte externa macia e a parte interna em forma de franja, que servem para filtrar o alimento da água. O crânio desses animais é simétrico e seu orifício respiratório é bipartido. Exemplos: baleia-de-Bryde, baleia-jubarte e baleia-cinza. O fato dos cetáceos terem maturidade reprodutiva tardia, gestação longa e apenas um filhote por gestação contribui para sua situação delicada quando o assunto é conservação. Porém capturas em redes de pesca, colisões com embarcações e degradações ambientais causadas por poluentes como óleos, metais pesados e pesticidas contribuem diretamente para o declínio populacional das espécies de cetáceos. Muitos cetáceos são capturados acidentalmente em redes de pesca chamadas “redes de deriva” (ou redes de emalhe e até redes de espera), não destinadas a sua captura, e acabam morrendo afogados, visto que estes animais tem respiração pulmonar. Isso acontece também com outros animais como focas, tartarugas e até mesmo aves marinhas. Muitas das adaptações fisiológicas (orifício no topo da cabeça) e comportamentais (alternância dos indivíduos do grupo no momento da respiração) dos cetáceos asseguram justamente a subida do animal à atmosfera para respirar. É comum, por exemplo, cetáceos ajudarem um companheiro ferido ou doente a se manter na superfície da água.
Figura 1. Rede de deriva, arte de pesca passiva que retém o pescado nas malhas da rede, é responsável por captura incidental de cetáceos. Fonte: http://www.angra.rj.gov.br/ Além das redes de deriva existem também as “redes fantasmas”, que são artefatos perdidos ou abandonados pelos pescadores que ficam no oceano matando diversos animais, muitas vezes por longos anos por se tratar de redes de nylon ou linhas de pesca.
Dica: A temporada reprodutiva das baleias francas no Brasil é de julho a novembro, mas o melhor período para observação na principal área de concentração, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, é entre a segunda quinzena de agosto e primeira quinzena de outubro, quando um maior número de baleias francas costuma estar na região, permanecendo por vários dias nas enseadas.Para saber mais sobre a espécie e sobre o turismo de observação, acesse: http://www.baleiafranca.org.br/ |



