Um pouco sobre Baleias e Golfinhos – parte II

Recordando:– Odontocetos tem dentes (odonto), possuem crânio assimétrico e apenas um orifício respiratório no topo da cabeça e, com exceção do cachalote, a maioria é menor que as baleias. Vocalizam para comunicar-se com outros indivíduos da mesma espécie e utilizam ultra-sons para localização de outros animais.Exemplos: Golfinhos, Cachalote, Orca e Narval.– Misticetos não tem dentes e são caracterizadas pela presença de aparatos alimentares diferenciados chamados barbatanas, estruturas córneas enraizadas na maxila em forma triangular, com parte externa macia e a parte interna em forma de franja, que servem para filtrar o alimento da água. O crânio desses animais é simétrico e seu orifício respiratório é bipartido. Exemplos: baleia-de-Bryde, baleia-jubarte e baleia-cinza. O fato dos cetáceos terem maturidade reprodutiva tardia, gestação longa e apenas um filhote por gestação contribui para sua situação delicada quando o assunto é conservação. Porém capturas em redes de pesca, colisões com embarcações e degradações ambientais causadas por poluentes como óleos, metais pesados e pesticidas contribuem diretamente para o declínio populacional das espécies de cetáceos.  Muitos cetáceos são capturados acidentalmente em redes de pesca chamadas “redes de deriva” (ou redes de emalhe e até redes de espera), não destinadas a sua captura, e acabam morrendo afogados, visto que estes animais tem respiração pulmonar. Isso acontece também com outros animais como focas, tartarugas e até mesmo aves marinhas. Muitas das adaptações fisiológicas (orifício no topo da cabeça) e comportamentais (alternância dos indivíduos do grupo no momento da respiração) dos cetáceos asseguram justamente a subida do animal à atmosfera para respirar. É comum, por exemplo, cetáceos ajudarem um companheiro ferido ou doente a se manter na superfície da água.

Figura 1

Figura 1. Rede de deriva, arte de pesca passiva que retém o pescado nas malhas da rede, é responsável por captura incidental de cetáceos. Fonte: http://www.angra.rj.gov.br/ Além das redes de deriva existem também as “redes fantasmas”, que são artefatos perdidos ou abandonados pelos pescadores que ficam no oceano matando diversos animais, muitas vezes por longos anos por se tratar de redes de nylon ou linhas de pesca. Figura 2 Figura 2. Golfinho morto em rede fantasma. Foto: © Andrea Marshall. Fonte: marinemegafauna.org A captura acidental de cetáceos é um problema global, porém informações sobre as consequências deste problema são escassas. Infelizmente, esses animais não são capturados apenas por acidente. A caça às baleias tem registros arqueológicos do ano 3.000 a.C. A empreitada comercial começou no século 17 e se intensificou no século 19, com o aumento das tecnologias de navegação. Começou a entrar em declínio no século 20, mas persistiu até a extinção de algumas espécies. A proibição da Comissão Baleeira Internacional sobre a caça comercial de baleias passou a valer em 1986. Países como Noruega e Islândia continuam a caçar, desrespeitando a proibição, enquanto o Japão explora a brecha que permite quotas para fins de pesquisa científica. No Brasil, temos o caso da caça às Baleias-franca, que ocorria em todo o litoral de Santa Catarina. Esta espécie era uma presa fácil por ser dócil e ter hábitos costeiros. Nos anos 1960 havia muitas instalações chamadas armações baleeiras, onde eram fabricados produtos da caça como o óleo, obtido através do derretimento da gordura e utilizado na iluminação, lubrificação e construção de casas. Hoje em dia, após as armações baleeiras terem falido e a baleia-franca ter sido quase extinta, o litoral de SC é mundialmente famoso pelo turismo de observação de baleias.
Dica: A temporada reprodutiva das baleias francas no Brasil é de julho a novembro, mas o melhor período para observação na principal área de concentração, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, é entre a segunda quinzena de agosto e primeira quinzena de outubro, quando um maior número de baleias francas costuma estar na região, permanecendo por vários dias nas enseadas.Para saber mais sobre a espécie e sobre o turismo de observação, acesse: http://www.baleiafranca.org.br/
Figura 3Figura 3. Turismo de observação de baleias-franca em Santa Catarina. Fonte: http://escribadoitapocu.blogspot.com.br/ A realidade atual é bem diferente na região norte do país, onde, apesar das proibições, a captura desses animais persiste para comercialização de seus olhos e genitais, que são vendidos como amuletos para atrair dinheiro e mulheres. Em 2007 foram divulgadas imagens de aproximadamente 80 golfinhos mortos em uma embarcação no litoral norte do Estado do Amapá, que teve repercussão e causou reação dos ambientalistas e de grande parte da população. Os golfinhos da Amazônia (boto-cor-de-rosa – Inia geoffrensis) também sofrem com a captura e estão sendo usados como isca para a pesca da piracatinga (Calophysus macropterus). A pesca intencional de cetáceos é uma realidade atual e suas finalidades variam do consumo e utilização da carne como isca à venda dos animais para parques temáticos. Esta ultima movimenta uma indústria de bilhões de dólares em todo o mundo. Alguns golfinhos capturados vivem décadas presos e por vezes isolados em um aquário, sendo recompensados com alimento quando realizam saltos ou outros truques para o público apreciar, enquanto na natureza esses animais constroem complexas redes sociais. Seus instintos são reprimidos e eles são obrigados a interagir com humanos, além de terem sua capacidade de natação e captura de alimentos anuladas. Para saber mais sobre esse assunto, recomendo os documentários “The cove” e “Black Fish”. O primeiro, dirigido por Louie Psihoyos e vencedor do oscar na categoria de melhor documentário do ano de 2010, aborda o massacre de golfinhos na cidade japonesa de Taiji. Já “Black Fish”, de Gabriela Cowperthwaite, fala sobre a captura e a vida da orca Tilikum e nas consequências de manter animais grandes e inteligentes como as orcas em cativeiro. Acredito que a ótica desses documentários irá mudar sua opinião se você sonha em nadar ou tirar uma foto com um golfinho e acredita que parques como o SeaWorld são bacanas. Figura 4Figura 4. Cena do filme The Cove, que investiga a caça indiscriminada aos golfinhos. Fonte: thecovemovie.com   Figura 5 Figura 5. Cena do filme Black Fish. Fonte: blackfishmovie.com Outra atividade que pode afetar esses animais é a prospecção sísmica marinha.  O método sísmico consiste na geração de energia por liberação de ar comprimido à alta pressão na água, que gera ondas acústicas que se propagam até atingir o solo marinho, onde parte da energia é absorvida pelas camadas rochosas subjacentes, parte é refratada e outra é refletida. A energia refletida é captada por hidrofones que convertem as ondas sísmicas em sinais elétricos que são transmitidos para um sistema de registro e processamento instalado no navio.  A interpretação desses dados permite analisar a estrutura do subsolo em profundidade e pesquisar estruturas geológicas que podem formar reservatórios de petróleo, sem a necessidade e os custos de uma escavação ou perfuração. A sísmica e o crescente trânsito de navios contribuem para a intensificação da poluição sonora nos oceanos. Os cetáceos, que utilizam o som nos processos de intercomunicação e para a localização e posicionamento de suas presas, sofrem impactos diretos provocados por essas atividades. Já foram observadas alterações comportamentais de curto prazo como mudanças na frequência de vocalização, abandono momentâneo da área impactada, além de mortalidades originadas por lesões no sistema auditivo. Porém esses efeitos ainda não foram amplamente estudados devido ao alto custo da realização de cruzeiros ou sobrevoos para estudos científicos.  Desde 1999, dados sobre avistagem de mamíferos marinhos vem sendo coletados por observadores de bordo durante atividades sísmicas na costa brasileira. Este procedimento é uma das medidas mitigadoras adotadas para minimizar os possíveis impactos que a atividade exerça sobre as espécies marinhas. Será que essas medidas são mesmo eficientes? Quantas e quais medidas serão necessárias para mitigar todos os males que causamos a esses organismos? Deixe sua opinião ou sugestão nos comentários ou escreva para mim: renata.porcaro@gmail.com.   Figura 6 Figura 6. Aquisição de dados sísmicos marinhos.Fonte: anp.gov.br/meio/guias/sismica/infotec.pdf   Por: Renata Porcaro   Referências Documentos: Mamíferos marinhos, a atividade de prospecção sísmica e o uso do sistema de monitoramento de mamíferos marinhos – SIMMAM. Mariana de Karam e Brito. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/>. Acesso em 24/03/2014 Impactos da Sísmica em Baleias Jubarte. Marcia Engel, Cristiane de Albuquerque Martins, Luiza Pacheco de Godoy, Marcos Rossi-Santos, Maria Emília Morete, Silvio de Souza Jr. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/meio/guias/sismica/biblio/InstitutoBaleiaJubarte.PDF>. Acesso em 20/03/2014 A Pesca Incidental de Golfinhos. Edson Barbieri. Disponível em <ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/GolfinhosPescaIncidental2013.pdf>. Acesso em 26/03/2014 Sites: http://www.anp.gov.br/meio/guias/sismica/infotec.pdf http://animalplanet.discoverybrasil.uol.com.br/de-onde-vem-os-golfinhos-de-parques-marinhos/ http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx3009201007.htm http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/Noticias/Pages/Golfinhos-sao-usados-como-isca-para-pesca-na-Amazonia.aspx http://escribadoitapocu.blogspot.com.br/]]>

O Ibrasurf deu um jeito de quebrar sua rotina

Screen Shot 2014-04-14 at 17.34.24 Sabe aquela viagem que você sempre sonhou em fazer? Aquele feriado ou fim de semana ou até mesmo aquele bate e volta? O Ibrasurf está aqui para te inspirar a quebrar sua rotina, deixar em casa as velhas desculpas, dar uma bronca na preguiça, tirar o peso das suas costas e relaxar. São 16 anos de vivência no surf para te proporcionar os melhores momentos e experiências da sua vida com aulas de surf e SUP, campeonatos, festas, cursos, responsabilidade social, ações nas faculdades, ou seja, tudo que o Ibrasurf tem em essência você vai poder acompanhar de perto. Siga-nos nas redes sociais, compartilhe as novidades, curta as fotos de tirar o fôlego e nós garantimos que seu dia vai ser muito melhor, até por que vale lembrar, na nossa praia você já é local e vai acabar descobrindo que o seu estilo de vida tem tudo a ver com a gente e exatamente por isso criamos um concurso que vai te dar a chance de curtir um show inesquecível. InstaSurf Além de um Facebook recheado de conteúdo voltado aos amantes do surf, nosso instagram tem fotos inéditas e de tirar o fôlego com uma pegada bem artistica, pra levar a você a essência do surf. Não deixe de acessar: @ibrasurf >> www.instagram/com/ibrasurf        

Instagram: @ibrasurffacebook.com/ibrasurfoficial | Ibrasurf.com.br

por Rafael Sando  ]]>

Exposição “De Mar Amar”

Sobre o artista Começou seus trabalhos artísticos em meados de 79, desde então aprimorando suas técnicas em argila, entalhes em madeira, pinturas e esculturas. Autodidata, desenvolveu seu trabalho com base em livros, exposições e muita “mão na massa”, buscando desenvolver um estilo próprio. Sua principal fonte de inspiração é o mar, a natureza e as ondas, presentes na maioria dos trabalhos de Vianey: “O movimento das águas, as cores, o contraste com o corpo humano, as situações, tudo me chama a atenção, isso me inspira! – revela João Vianey. A exposição “De Mar Amar” de João Vianey tem apoio cultural do portal cabecaFeita.com e realização da Mercearia São Roque. Serviço: Mercearia São Roque Local: Rua Amaury 35, Jardim Europa – São Paulo Período: de 10 à 16 de março de 2014 Contato: 11-3085-6647 Sobre o artista: bari@cabecafeita.com Para mais informações:  www.cabecafeita.com]]>

Um pouco sobre Baleias e Golfinhos – Parte I

Detalhe da barbatana de um misticeto. Fonte: oocities.org Detalhe da barbatana de um misticeto.
Fonte: oocities.org[/caption] Quase todas as espécies migram para aguas frias e polares, que concentram grande quantidade de alimento, durante o verão e parte do outono, e no inverno reproduzem-se em águas tropicais. Há 13 espécies conhecidas neste grupo, dividas em 4 famílias: 1. Família Balaneidae (Baleias-Francas): primeiras caçadas pelo homem por ter hábito costeiro e grande quantidade de gordura. [caption id="attachment_31959" align="aligncenter" width="571"]Baleia-franca (Eubalaena sp.).  Foto: Leo Francini Baleia-franca (Eubalaena sp.).
Foto: Leo Francini[/caption] [caption id="attachment_31960" align="aligncenter" width="571"]Baleia-franca (Eubalaena sp.).  Foto: Leo Francini Baleia-franca (Eubalaena sp.).
Foto: Leo Francini[/caption] [caption id="attachment_31961" align="aligncenter" width="571"]Baleia-franca (Eubalaena sp.) Fonte: saudeanimal.com.br. Baleia-franca (Eubalaena sp.)
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] 2. Família Balaenopteridae  (Baleia-jubarte, Baleia-de-bryde, Baleia-azul): possuem uma série de pregas ventrais na região da garganta, as quais se expandem para permitir que grandes quantidades de alimento sejam ingeridas. [caption id="attachment_31936" align="aligncenter" width="571"]Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Fonte: infoescola.com. Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Fonte: infoescola.com.[/caption] [caption id="attachment_31937" align="aligncenter" width="571"]Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).  Foto: Leo Francini.  Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Foto: Leo Francini.[/caption] [caption id="attachment_31938" align="aligncenter" width="570"]Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Foto: Pedro Madruga Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Foto: Pedro Madruga[/caption] [caption id="attachment_31939" align="aligncenter" width="571"]Baleia-azul (Balaenoptera musculus). Fonte: saudeanimal.com.br. Baleia-azul (Balaenoptera musculus).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] [caption id="attachment_31940" align="aligncenter" width="571"]Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei).  Foto: Leo Francini Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei).
Foto: Leo Francini[/caption] 3. Família Eschrichtidae  (baleias-cinzentas): habitam apenas o Hemisfério Norte. Atualmente existem apenas no Oceano Pacífico, pois a população do Atlântico foi extinta pela caça, ainda no século XVIII. [caption id="attachment_31941" align="aligncenter" width="571"]Baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus). Fonte: saudeanimal.com.br. Baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] 4. Família Neobalaenidae (apenas baleia-franca-pigméia): habita mares temperados do Hemisfério Sul. São raras e também os menores misticetos do mundo, medindo no máximo 6 metros de comprimento. [caption id="attachment_31942" align="aligncenter" width="571"]Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata). Fonte: saudeanimal.com.br. Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] – Odontocetos: capturam alimentos com os dentes, como golfinhos de água doce e salgada, orca e cachalote. São animais de pequeno ou médio porte, com exceção da cachalote que pode medir 18m e pesar mais de 60 toneladas. São mais de oitenta espécies subdivididas em seis grupos diferentes: 1. Família Delphinidae (golfinhos e orcas): encontrados em todos os oceanos do planeta e, em alguns casos, em grandes desembocaduras de rios. [caption id="attachment_31943" align="aligncenter" width="571"]Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).  Foto: Leo Francini. Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).
Foto: Leo Francini.[/caption] [caption id="attachment_31944" align="aligncenter" width="571"]Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).  Foto: Leo Francini.  Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).
Foto: Leo Francini.[/caption] [caption id="attachment_31945" align="aligncenter" width="571"]Orca (Orcinus orca). Fonte: Wikipedia Orca (Orcinus orca).
Fonte: Wikipedia[/caption] [caption id="attachment_31946" align="aligncenter" width="571"]Orca (Orcinus orca). Fonte: saudeanimal.com.br. Orca (Orcinus orca).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] [caption id="attachment_31947" align="aligncenter" width="571"]Golfinho-de-dentres-incompletos (Steno bredanensis). Fonte: saudeanimal.com.br. Golfinho-de-dentres-incompletos (Steno bredanensis).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] 2. Família Monodontidae (narvais e belugas): vivem apenas em regiões polares. O narval tem apenas um enorme dente de marfim, com 2,5 metros de comprimento, que se projeta para fora da boca e se localiza na parte frontal da cabeça. Atinge 6 metros de comprimento e pesa cerca de 2 toneladas, e é caçado por conta do marfim de suas presas. [caption id="attachment_31948" align="aligncenter" width="571"]Narval (Monodon monoceros). Fonte: saudeanimal.com.br. Narval (Monodon monoceros).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] [caption id="attachment_31949" align="aligncenter" width="570"]Narval (Monodon monoceros). Fonte: oversodoinverso.com.be Narval (Monodon monoceros).
Fonte: oversodoinverso.com.be[/caption] [caption id="attachment_31950" align="aligncenter" width="571"]Beluga (Delphinapterus leucas) Fonte: saudeanimal.com.br. Beluga (Delphinapterus leucas)
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] 3. Família Phocoenidae: pequenos cetáceos semelhantes aos golfinhos, mas não têm bico. A principal característica desses animais é a forma dos dentes, que são arredondados e achatados nas extremidades, distintos dos dentes cônicos dos golfinhos. Mais comuns no Hemisfério Norte, as vaquitas são pequenos golfinhos que vivem no norte do Golfo da Califórnia e são os cetáceos mais ameaçados do mundo.

Golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica) Fonte: Wikipedia
Golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica) Fonte: Wikipedia
[caption id="attachment_31952" align="aligncenter" width="571"]Boto-do-índico (Neophocaena phocaenoides) Fonte: Wikipedia Boto-do-índico (Neophocaena phocaenoides)
Fonte: Wikipedia[/caption] 4. Família Physeteridae (Cachalotes): animais de hábitos oceânicos, que realizam mergulhos profundos em busca de suas presas. [caption id="attachment_31953" align="aligncenter" width="571"]Cachalote (Physeter macrocephalus) Fonte: saudeanimal.com.br. Cachalote (Physeter macrocephalus)
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] [caption id="attachment_31954" align="aligncenter" width="571"]Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga  Cachalote (Physeter macrocephalus)
Foto: Pedro Madruga[/caption] [caption id="attachment_31955" align="aligncenter" width="571"]Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga  Cachalote (Physeter macrocephalus)
Foto: Pedro Madruga[/caption] 5. Superfamília Platanistoidea (botos de água doce): 5 espécies, a maioria de água doce, que vivem em rios da Ásia e da América do Sul. Estão entre os cetáceos mais ameaçados do planeta. Um platanistídeo famoso e conhecido na nossa cultura é o boto-cor-de-rosa da Amazônia. [caption id="attachment_31956" align="aligncenter" width="571"]Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) Fonte: globoamazonia.com Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)
Fonte: globoamazonia.com[/caption] 6. Família Ziphiidae (baleias-bicudas): animais raros de águas profundas. Com dimensões apreciáveis (4 a 12 m para a baleia-bicuda-de-baird, 1 a 10 toneladas), podem também ser chamadas de baleias-bicudas, zífios, baleias-nariz-de-garrafa e baleias-de-bico, por possuírem um focinho pronunciado. [caption id="attachment_31957" align="aligncenter" width="571"]Balea-de-bico-baird (Berardius bairdii). Fonte: saudeanimal.com.br. Balea-de-bico-baird (Berardius bairdii).
Fonte: saudeanimal.com.br.[/caption] O crescimento populacional de baleias é utilizado por pesquisadores como indicador da saúde do ambiente marinho. Na maioria das espécies, o filhote permanece com a mãe cerca de dois anos. No caso das orcas, os filhotes ficam junto de suas mães durante toda a vida. Como as fêmeas geram um filhote por gestação e demoram entre dois e seis anos para ter outro, as populações desses animais não crescem lentamente e, por isso, são vulneráveis a impactos ambientais. Os cetáceos, em geral, são animais de topo de cadeia e, portanto, não possuem muitos predadores naturais. O maior predador destes animais somos nós, humanos. E somos diretamente responsáveis pela extinção de algumas das espécies desse grupo. No próximo artigo irei abordar os impactos que nós, humanos, e todo nosso progresso, causa sobre esses organismos. Existem problemas além da caça/pesca que afetam esses animais. Não percam!
Duvidas ou sugestões, escrevam para: renata.porcaro@gmail.com
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Retrospectiva IBRASURF 2013

O’Neill Festival Universitário de Surf, abrindo o calendário com uma grande festa dia 9 de maio, no Estudio Emme, onde mais de 900 convidados dançaram e se divertiram a noite toda! 970075_505991372798130_1275466145_n De lá a galera seguiu para Maresias, que nos dias 18 e 19 mais uma vez recebeu com altas ondas, estudantes de todo país para as disputas dos títulos brasileiros universitários. 293094_509632955767305_636559775_n Em meio aos preparativos pro segundo semestre, um momento para respirar novos ares e surfar novos mares… de recarregar as energias e a alma pegando alguns dos melhores tubos da vida apenas com os amigos. Era hora da tão esperada Trip Ibrasurf Pasti 2013, que durante os dias 18 de junho a 24 de julho desbravou as belezas, tradições, culturas e altas ondas da Indonésia. 998728_542031922527408_350204167_n O mês de agosto veio com tudo e as ações de entretenimento, esporte, arte e cultura do 15º Circuito Paulista Universitário de Surf agitaram as principais faculdades de São Paulo. 996582_552795978117669_852801195_nDia 12 de setembro foi a vez dos atletas, amigos e parceiros se reunirem no Coquetel de Abertura na Star Point Moema, comemorando mais uma edição do principal evento de surf estudantil do planeta, que teve sua 1ª etapa dias 21 e 22 de setembro na praia de Itamambuca, Ubatuba. 544567_564430006954266_962868181_n Mantendo o compromisso do Ibrasurf em compartilhar conhecimento e contribuir para o desenvolvimento do esporte brasileiro, nos dias 26 e 27 de outubro foi realizado o 16º Curso de Formação e Atualização de Instrutores de SURF e SUP, reunindo 50 alunos de todo país e possibilitando uma inigualável troca de experiências e informações. 548326_581468075250459_1588757810_n Em novembro mantivemos nosso espírito empreendedor, expandindo horizontes e chegando ao Rio de Janeiro para mais uma edição do O’Neill Carioca Universitário de Surf , que rolou dias 9 e 10 de na Barra da Tijuca. Também reunimos a galera das faculdades, mídia e personalidades do surf no Coquetel de Abertura dia 07/11. 1468592_588048361259097_181484239_n Na reta final deste ano tão especial novamente invadimos as faculdades de SP com os preparativos para a etapa decisiva do 15º Circuito Paulista Universitário de Surf, realizada dias 30 de novembro e 1 de dezembro em Maresias. Além do show dentro da água, o evento reuniu também muita gente bonita e as 10 mais belas universitárias de SP, que curtiram o dia na praia e a balada bombando no Morocco. 1003562_599935566737043_1604428530_n Depois de tanto trabalho, dedicação e correria, nada melhor do que uma grande festa pra encerrar o ano. E foi isso que aconteceu dia 05 de dezembro, onde além da premiação dos campeões 2013 e show da Negra Li, rolou também o desfile final do Concurso Garota Universitária. 1476323_603536913043575_1032716633_n Um IMENSO OBRIGADO a todos que apoiaram o Ibrasurf, acreditaram em nosso trabalho e ajudaram a fechar um ano tão incrível com muitas alegrias, conquistas, noites sem dormir e trabalho duro! O resultado disso é gratificação, orgulho e a certeza de estarmos no caminho certo! IMG_4546 Desejamos a todos muita energia positiva, amor e paz! E que 2014 seja um ano ainda melhor!!! BOAS FESTAS!!! BOAS ONDAS!!! ]]>

Vem aí a festa mais SURF de São Paulo = SURF PARTY

SURF PARTY – Festa Oficial de Encerramento – rola nesta quinta feira, 05 de dezembro, com diversas atrações e presença confirmada de muita gente bonita: MÚSICA Show Negra Li Show Tributo Sublime Djs: Thay Girão e Cidy modelo_5 FINAL DO CONCURSO GAROTA UNIVERSITÁRIA 2013 As 10 mais belas universitárias de SP estarão na festa para participar do desfile que vai eleger a Garota Universitária 2013 _MG_3220 PREMIAÇÃO DOS CAMPEÕES PAULISTAS UNIVERSITÁRIOS 2013 Presença dos atletas e premiação dos Campeões 2013 Unknown QUANDO/ONDE 05 de dezembro Metropolitan – Rua Bragança Paulista, 1244 – São Paulo GARANTA SEU INGRESSO – 1º LOTE = ESGOTADO – 2º LOTE = R$40 Feminino / R$50 Masculino – Camarote OPEN BAR (vodka, whisky, energético, cerveja, catuaba, refrigerante e água) =  R$120 Masculino /R$100 Feminino (VENDA DE CAMAROTE SOMENTE ONLINE) PONTOS DE VENDA ➜ ONLINE – www.ingresse.com.br/ingresso-surf-party ➜ DACAM Mackenzie – Mineiro (97344-9990) – dentro do Mackenzie ➜ FAAP – C.A de Comunicação (13 de abril) – dentro da FAAP ➜ MUDA Productions – Rua Professor Frontino Guimarães, 147 – Vila Mariana (3805-1795) ➜ Restaurante Conceito Paulista – Rua Peixoto Gomide, 871 – Jardins ➜ Loja Popipe – Rua Pamplona, 1057 – Jardim Paulista ➜ Loja StarPoint – Rua Iraí, 224 – Moema (5561.1504) ➜ FIND Bar – Rua Ministro Ferreira Alves, 548 – Pompéia * pagamento somente em dinheiro MAIORES INFORMAÇÕES: Muda Productions (11) 3805-1795 E-mail: contato@mudaproductions.com.br FB: https://www.facebook.com/pages/MUDA-Productions/ Ibrasurf (11) 5052-5011 E-mail: ibrasurf@fluxexperiences.com.br FB: www.facebook.com/ibrasurfoficial]]>

Serginho Laus e Everaldo Pato encaram a Pororoca da Indonésia

SerginhoLaus_XTrax_Onda1_Jump_Bono_RioKamp ar_TelukMeranti_Sumatra_Indonésia_2013 Foram 03 dias de aventura em que Laus teve participação especial nos programas Nalu Pelo Mundo, do Multishow, e Canal OFF, ambos da Globosat. Com aproveitamento de 100% a primeira equipe 100% verde amarela soube como desviar dos crocodilos, árvores, pedaços de pau e plantas que tornam o Bono, uma das pororocas mais perigosas do mundo. Como no Brasil também devasta as margens do rio e adentra mais de 40km com duração de até quase 02 horas. Laus, que também foi duas vezes recordista mundial de surf na pororoca (Guinness Book), tentou alcançar a nova marca estipulada pelo inglês Steve King, que surfou 15km sem parar nessa mesma Bono, porém a onda não alcançou tamanho suficiente para que o brasileiro pudesse retomar a frente no livro dos recordes. “Nada é fácil nessa vida, ainda mais para os brasileiros!!! O recorde não saiu, mas continuo focado e preparado para quando encontrar a maré certa, seguir surfando por mais de 15km num tempo superior de 1 hora em cima da mesma onda. A Natureza é imprevisível, temos que fluir com ela caso contrário nada dará certo“, relata. No segundo e maior dia da Tidal Bore (onda de maré), Laus pegou uma onda com cerca de 30 minutos, com partes surfáveis e outras apenas de espuma, fechadas, em que o atleta teve que se deitar na prancha. “Melhor ficar na onda, do que a deriva num rio cheio de crocodilos!!!“, lembra o desbravador de pororocas.   Agradecimentos especiais: Trip Bar Curitiba, BWT Operadora, HB – Hot Buttered, Goofy, Sumatra Surf, Bullys, Câmeras XTrax, Power Light Surfboards, ITA Travel Card, Academia Gustavo Borges, família Nalu Pelo Mundo e equipe Surfando na Selva.]]>

Os perigos nas “correntes de retorno”

Figura 1. Falso aspecto de calmaria pode identificar a corrente de retorno (Fonte: reprodução Facebook). Figura 1. Falso aspecto de calmaria pode identificar a corrente de retorno (Fonte: reprodução Facebook).[/caption] É importante notar que as ondas não quebram sobre o canal submerso formado por esse fenômeno, portanto as áreas tem falso aspecto de calmaria (figura 1), maior profundidade, coloração da água mais escura (figura 2) e geralmente são localizadas entre dois bancos de areia (onde as ondas quebram com maior frequência e tamanho). [caption id="attachment_28337" align="aligncenter" width="571"]Figura 2. Nesta foto aérea de uma praia australiana, a corrente que leva para o alto-mar fica evidente devido à coloração mais escura da água. Reparem que a corrente perde intensidade alguns metros após a zona de arrebentação (Fonte: ripcurrentsymposium.com) Figura 2. Nesta foto aérea de uma praia australiana, a corrente que leva para o alto-mar fica evidente devido à coloração mais escura da água. Reparem que a corrente perde intensidade alguns metros após a zona de arrebentação (Fonte: ripcurrentsymposium.com)[/caption] Três partes principais podem ser identificadas nas correntes de retorno (figura 3): – Boca: início da corrente de retorno ou valas. É alimentada pelas correntes laterais; – Pescoço: parte central da corrente; – Cabeça: onde a corrente se dissipa, normalmente atrás da arrebentação. [caption id="attachment_28338" align="aligncenter" width="571"]Figura 3. Partes da corrente de retorno. (Fonte: surfebrasil.com.br) Figura 3. Partes da corrente de retorno. (Fonte: surfebrasil.com.br)[/caption] As correntes de retorno podem ser classificadas da seguinte forma: – Fixas: Localizadas em cantos de pedra como costões, molhes e piers, permanecem na mesma área por vários meses ou anos, pois fundo e condições físicas nesses locais sofrem poucas mudanças. São formadas pela convergência de correntes laterais para o canto de pedra ou pela ocorrência de grandes ondas que elevam rapidamente o nível de água. – Permanentes: ocorrem em determinados pontos das praias rasas, intermediárias e de tombo. Uma vez estabelecidas, podem durar vários dias ou meses, dependendo da movimentação de areia. São formadas por sulcos profundos escavados na areia, condições favoráveis para o retorno das águas no sentido do mar. – Temporárias: ocorrem em determinados pontos das praias rasas, intermediárias e de tombo. Apresentam sulcos pouco profundos, sem estabilidade e duram apenas algumas horas. Este tempo irá depender da movimentação de areia pelas correntes laterais. As ondas que se rompem colocam a areia em suspensão, facilitando o transporte dos grãos e desaparecimento dos sulcos. – Instantâneas: ocorrem logo após grandes séries de ondas se aproximarem da praia, trazendo um grande volume de massa líquida, formando um refluxo de água que retorna para o oceano. Não existe a formação de sulcos no fundo, desaparecendo rapidamente.  São bastante comuns nas praias de tombo devido à inclinação, e intermediárias em virtude da proximidade das ondas em relação à praia. [caption id="attachment_28335" align="aligncenter" width="571"]Figura 4. Como proceder em caso de corrente de retorno (fonte: corpo de bombeiros militar do estado de Santa Catarina). Figura 4. Como proceder em caso de corrente de retorno (fonte: corpo de bombeiros militar do estado de Santa Catarina).[/caption] Para os banhistas, as correntes de retorno representam um risco real, sendo responsáveis pela grande maioria dos afogamentos registrados em praias. Em praias mais movimentadas e urbanizadas, os locais das correntes de retorno são sinalizados pelos guarda-vidas com bandeiras vermelhas ou placas. A figura 4, desenvolvida pelo corpo de bombeiros militar do estado de Santa Catarina, ilustra a corrente de retorno, suas áreas de escape e orienta os banhistas como proceder caso entre em um local de risco. Para nós, surfistas, as correntes de retorno são utilizadas como facilitadores para passar a arrebentação. Saber identificá-las pode realmente nos ajudar a chegar ou voltar para o outside. Além disso, é importante conhecê-las para orientar ou até mesmo auxiliar no resgate de banhistas. Espero que tenham gostado! Dúvidas? Sugestões? Me escrevam: renata.porcaro@gmail.com Fontes: ripcurrents.noaa.gov ripcurrentsymposium.com cbmerj.rj.gov.br surfebrasil.com.br Por: Renata Porcaro  ]]>