Alexsandro “Abolição” e sua vida sobre as ondas

IBRASURF: Como foi crescer em Maresias? ABOLIÇÃO: Crescer em Maresias foi viver com simplicidade, brincar livre na praia, com segurança, o que me ensinou a valorizar e respeitar as coisas simples da vida, como a natureza que Maresias me proporciona todos os dias. I.: Quando começou a surfar? O que te incentivou a começar a surfar? A.: Comecei a surfar com 12 anos de idade, comecei com pranchinha, participei até de alguns pequenos campeonatos, mas não via um futuro como competidor, e ai mudei para o Longboard. Meu tio caiçara surfava e na época eu era “gordinho”, esse incentivo fez com que eu começasse a surfar e que me ajudou a emagrecer também. I.: Quais campeonatos você participou? Pretende participar de outros no futuro? A.: Participo de todas as etapas dos Campeonatos Brasileiros, desde que me tornei Profissional (atualmente 3 etapas: Espírito Santo, Santos e Rio de Janeiro), LQS  (Longboard Qualifying Series) na Bahia e em Pernambuco em 2009 e 2010, os Sebastianenses nas praias de São Sebastião e  alguns Campeonatos Internacionais como: Festival Biarritz Surf Festival em 2004 na França, Rabbit Kekai em 2006 na Costa Rica e o LQS – Longboard Qualifying Series em 2010 no Peru. Pretendo ter condições de participar de mais campeonatos internacionais e conseguir uma vaga para o mundial que ocorre 1 x por ano. I.: Quais são seus sonhos e expectativas para o futuro? A.: Um dos meus sonhos acabou de se realizar que foi abertura da escola de surf em Maresias e agora o que mais quero é que a escola cresça a cada dia, principalmente que o projeto social não seja apenas “dar aulas de surf”, mas sim agregar mais coisas, como oficina de surf, palestras e incluir o surf adaptado. Sonho também em ter mais oportunidades no mundo como competidor, porque atualmente o Longboard não é tão valorizado e é só com muito amor e apoio de pessoas que acreditam em mim que ainda participo dos Campeonatos. I.: Como é morar em um lugar com altas ondas e conviver com o impacto ambiental que tem prejudicado tanto Maresias? A.: Morar em Maresias é acordar cedo, andar 15 minutos e já estar na frente de um dos picos que me proporciona a sensação de “um bom dia de surf” quase todos os dias. Mas infelizmente já temos que conviver com a sujeira que os turistas deixam, com a quantidade de condomínios que a cada ano é construído, com a falta de saneamento básico, o que precisamos fazer é conscientizar as pessoas de que podemos viver em harmonia com a natureza e toda essa evolução que também traz $$$ para a nossa praia Maresias. I.: Conte-nos um pouco sobre o seu novo projeto da Escolinha de Surf. A.: Sempre tive vontade de ter uma Escola de Surf em Maresias, afinal estamos em um local super importante e conhecido pelo surf, mas carente de uma escola séria com um projeto social, e finalmente isso saiu da idéia para a prática. Em um mês a escola já atendeu muitos turistas e estamos com um pequeno grupo de crianças de 6 a 12 anos de idade. Para janeiro quero organizar palestrar educativas, sobre meio ambiente, higiene bucal, etc. E pretendo também incluir o surf adaptado. Atualmente funcionamos com pranchas que eu já tinha e pranchas doadas. É muito bom ver o otimismo das pessoas no Projeto, pessoas querendo ajudar de alguma forma, seja com idéias, doações de materiais. Mais do que atender os turistas, quero que o Projeto Social cresça, podendo no futuro ter condições de oferecer mais além das aulas. I.: Como você se sente podendo passar a experiência do surf e ensinando valores a outras pessoas? A.: Realizado. Ver uma criança que nem pensava em entrar na água por medo e depois de 2 ou 3 aulas, depois de muita explicação e conversa, ela já está lá com você no mar, isso é mágico. Essa confiança que ela deposita em você e ver no rosto de uma criança o resultado do seu trabalho com um sorriso, é valioso demais. E proporcionar a diversão para os turistas também é muito legal, gente do mundo todo, que sai daqui realizado que conseguiu ficar em pé na prancha. Quando eles conseguem ficar em pé, eu bato palma, grito com eles. I.: Maresias é um lugar muito freqüentado por turistas, como você enfrenta o crowd? A.: Tenho boas amizades com as pessoas que vão para Maresias, assim o respeito na água é mútuo, sem precisar brigar ou “dar uma de caiçara, dono do lugar”. I.: Você tem alguma história relacionada ao surf que marcou sua vida? A.: Estava na Costa Rica em um campeonato e errei o dia da minha volta para o Brasil, portanto tive que voltar para o lugar que estava. No meio do caminho, dentro de uma van, vi um carro com uma pessoa conhecida, o Marquinhos, dono da loja 20 Pés Camburi. Parei a van na hora e peguei carona com ele, foi aí que começamos a nos conhecer melhor e hoje é essa pessoa que me apóia e que acredita nos meus sonhos, digo que ele é meu Anjo da guarda em todos os sentidos e que nada é por acaso. Algo que marcou muito a minha vida também foi a minha viagem para Fernando de Noronha, nunca havia voado de avião. Foi espetacular, lugar deslumbrante, altas ondas. I.: Deixe-nos alguma mensagem que gostaria de passar às pessoas. A.: Se as pessoas olhassem umas para as outras de uma forma pura, sem maldade, não haveria tantas diferenças no mundo. E é com esse olhar que olho para a minha escola, para as pessoas ao meu redor e para os meus alunos. Fazer o bem é algo simples demais e que todos podem fazer pelo próximo.]]>

Regulamentação das escolas de Surf no Brasil – Participe

A Confederação Brasileira de Surf e o IBRASURF estão coordenando o projeto de regulamentação e padronização das Escolas de Surf no Brasil.

O objetivo principal é estabelecer procedimentos que normatizem a atividade e criem um modelo a ser seguido pelas escolas homologadas, trazendo mais profissionalismo e segurança a todos os envolvidos nas aulas de surf.

“O primeiro passo neste processo é conhecer melhor a situação atual das Escolas de Surf atuantes em nosso país, para podermos ter uma visão panorâmica da nossa realidade e assim definir parâmetros que possam ser seguidos pela maioria.”, explica Alexandre Zeni, responsável pelo departamento de Escolas de Surf da CBS.

Dessa forma, elaborou-se um questionário para traçar um perfil da atividade e receber dúvidas, criticas e sugestões que auxiliem no processo. O objetivo deste questionário é verificar como as escolas de surf estão atuando em relação à formação profissional dos instrutores, o atendimento ao cliente, a didática e a participação social em que está inserida.

Com base nas informações obtidas, será proposta a regulamentação e o posterior reconhecimento das Escolas Homologadas àquelas que cumprirem os requisitos e diretrizes estabelecidas, como acontece em países como Austrália e França.

            Para cadastrar a sua escola e responder ao questionário acesse o link http://www.fluxexperiences.com.br/home/aulasdesurf/cadescolas.php

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Regulamentação das Escolas de Surf no Brasil

      A Confederação Brasileira de Surf e o IBRASURF estão coordenando o projeto de regulamentação e padronização das Escolas de Surf no Brasil.

      O objetivo é estabelecer procedimentos que normatizem a atividade e criem um modelo a ser seguido pelas escolas homologadas, trazendo mais profissionalismo e segurança a todos os envolvidos nas aulas de surf.

“O primeiro passo neste processo é conhecer melhor a situação atual das Escolas de Surf atuantes em nosso país, para podermos ter uma visão panorâmica da nossa realidade e assim definir parâmetros que possam ser seguidos pela maioria, como faz a ACES em Santa Catarina.”, explica Alexandre Zeni, responsável pelo departamento de Escolas de Surf da CBS.

 

Dessa forma, elaborou-se um questionário para traçar o perfil da atividade e verificar como as escolas de surf estão atuando em relação à formação profissional dos instrutores, o atendimento ao cliente, a didática e a participação social junto à comunidade onde está inserida.

Para cadastrar a sua escola e responder ao questionário acesse o link http://www.fluxexperiences.com.br/home/aulasdesurf/cadescolas.php

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A importância da hidratação na prática do surf

 

Chegou o verão e com ele além de aumentar o número de surfistas na água, aumenta também a fissura pelo esporte, e a temperatura ambiente atinge níveis extremos, em especial nessa época de aquecimento global. Com esse panorama os esportistas precisam ter uma atenção especial com a hidratação para manter a saúde do corpo. Em conjunto com esse panorama há o fato de ser o surf uma atividade físico-desportiva predominantemente aeróbica, isso é, utiliza o oxigênio como a principal fonte para obtenção de energia, possuindo como fator biomecânico a ativação e utilização de diversos grupos musculares, faz com que o organismo desprenda uma considerável quantidade de calor conseqüente da produção e utilização ativa da energia. O corpo, através do seu sistema de termorregulação para manter uma temperatura ideal em busca do equilíbrio entre os sistemas orgânico, libera uma grande quantidade de água, que inevitavelmente será acompanhada de uma quantidade compatível de sais minerais e eletrólitos que são liberadas através do suor para manter a temperatura corporal estável, mantendo a regularidade no desenvolvimento de suas funções biológicas.

Os componentes perdidos com através do suor necessitam ser repostos para que haja a manutenção do controle hídrico do corpo; tal reposição pode ser feita utilizando água, sucos ou bebidas isotônicas, que possuem quantidades balanceadas de minerais e carboidratos para favorecer a absorção orgânica. Mas, por via de regra, o principal hidratante do organismo é o composto químico H2O, ou simplesmente água. Em casos específicos, quando o indivíduo perde mais de 2% do peso corporal total em forma de suor durante a atividade física, é recomendada a utilização das bebidas isotônicas, não chegando a haver tal perda, apenas a ingestão de água supre as necessidades apresentadas. A reposição liquida do organismo poderá ser realizada através da ingestão de água de côco, caldo-de-cana ou sucos de frutas, bebidas características dos praticantes de esportes de aventura, em especial, os surfistas. Outro ponto de extrema importância é que a reidratação deve ser realizada sempre antes, durante e depois da seção de surf, principalmente nas longas seções. Nas baterias, quando em competições, basta hidratar antes e após a bateria. A hidratação possui uma ligação direta com o desempenho do atleta, um corpo bem hidratado possui possibilidades muito maiores de atingir 100% no nível de sua performance, além de favorecer o processo de recuperação após a sessão de surf. O negócio é manter o corpo hidratado e aproveitar ao máximo as ondas.                   

 Até a próxima! Aloha!

Prof. Ms. Marcus Vinícius Palmeira

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A importância da preparação física na prática do surf

 É inevitável a associação da pratica do surf com a boa saúde em todo contexto da palavra, física, mental e espiritual. Já estão bem estabelecidos os diversos aspectos que a relacionam com a qualidade de vida, desde seu ambiente de pratica até os níveis de exercício físicos prazerosos que submetem o organismo do praticante. O desenvolvimento de um trabalho específico de preparação física, orientado por um professor de educação física, é de fundamental importância para o bom desenvolvimento da performance técnica do surfista. O intuito da preparação física é permitir que o atleta possa adquirir um excelente condicionamento neuromuscular e cardiovascular para poder manter a homeostase, com o equilíbrio total do organismo durante a prática, e poder contribuir, especialmente com nível de aptidão relacionado à saúde. Dessa maneira, o treinamento deve ser diário, gradual e progressivo, devendo ser realizado com muita dedicação e seriedade. Antes da realização de qualquer atividade física é importante preparar o aparelho locomotor para os exercícios. Para isso é recomendável um trabalho de aquecimento, através de exercícios dinâmicos e de alongamento antes de cada sessão de surf. Ao iniciar o aquecimento deve-se realizar o alongamento, consciente e suave de cada segmento corporal, com permanência de aproximadamente 25 segundos em cada posição, ativando assim a circulação local e ativando os componentes formadores da estrutura neuromuscular. Após essa faze e preparação dos grandes grupos musculares e das articulações, o praticante pode optar por exercícios dinâmicos, ou por uma breve corrida com ritmo moderado, tendo duração média em torno de 6 a 8 minutos para ativar o sistema cardiovascular. Durante a prática de qualquer atividade física, nosso organismo dispõe de duas vias principais para obtenção de energia, que são determinadas de acordo com a duração e a intensidade do esforço; são elas as vias anaeróbias, onde as reações metabólicas podem ocorrer na ausência do oxigênio, e as vias aeróbias, onde a presença do oxigênio é indispensável. Para realizar exercícios de alta intensidade e curta duração (ex.: surfar uma onda) que desenvolvem potência e arranque muscular semelhante às corridas de 100 metros, utilizamos principalmente a via glicolítica anaeróbia, ou simplesmente anaeróbia, que produz energia a partir da quebra da glicose proveniente da ingestão de alimentos e do glicogênio das reservas existentes nos músculos. Por outro lado, atividades de longa duração e baixa intensidade, como as realizadas nas remadas para chegar ao local de formação das ondas, o out-side, não podem se utilizar exclusivamente das vias anaeróbias, exigindo do praticante um bom condicionamento aeróbio, visto que o oxigênio consumido será o principal provedor dos processos para se obter energias através desta via energética. Durante a prática do surfe recreativo (free surf), competindo ou nas sessões de treinamento, utilizamos principalmente a via aeróbia de obtenção de energia, pois passamos a maior parte do tempo remando. Para a realização das manobras, no entanto, predomina a via anaeróbia, já que neste instante o trabalho muscular é bem mais intenso e potente. Desta forma, pode-se concluir que para obter um bom desempenho técnico o surfista necessita desenvolver tanto um treinamento aeróbio (corrida, ciclismo ou natação), quanto um treinamento anaeróbio (musculação ou exercícios localizados) para o fortalecimento corporal, sobretudo das pernas e da região abdominal, tudo isso acompanhado de um bom trabalho de flexibilidade, coordenação e agilidade, seja na escolinha ou em locais e momentos específicos, planejado e aplicado sob orientação de um profissional de educação física. Prof. Marcus Vinícius Palmeira

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