SURF NA FRANÇA – História e muito surf no verão europeu

 

           Após desbravar as ondas italianas no pico de Capo Mannu, na Sardenha, chegou a hora de partir rumo a novas descobertas e aventuras na Europa. Próximo destino, França. 

            Doze horas e mil e quatrocentos quilômetros depois chegamos aos beach breaks de Hossegor, mundialmente conhecidos pelas suas ondas tubulares e perto da beira. 

            A porção francesa do País Basco é realmente maravilhosa, com diversas bancadas, castelos deslumbrantes, eventos singulares e muita gente bonita. 

            Logo na primeira queda em Capbreton encontramos o surfista Rogério Alemão, que vive a cinco anos na área e nos deu dicas valiosas de como aproveitar o swell e as variações da maré. Percebemos também um sensível aumento na freqüência das ondulações e no nível técnico e estrutural do esporte em relação aos países vizinhos. 

            Demos sorte por chegar junto com o swell e pegar altas ondas em Le Stagnots, Le Pista, Plage Nord. E também por estar lá durante a festa de Bayonne, uma das mais tradicionais celebrações da Europa. Na companhia da amiga Amanda, dos australianos Toby e Matt e de um grupo de holandeses nos divertimos bastante no futebol, no camping e nos pub crawls. 

            A base de comando foi Anglet, onde a galera mais jovem e descolada aproveita a extensa praia dividida por píers para curtir o sol e as bancadas de areia como Les Cavaliers, onde surfamos um final de tarde inesquecível ao lado do ídolo Gustavo Kuerten. 

            Biarritz, mais a sul, encanta pela aura cosmopolita a beira mar, onde turistas de todo o mundo se deslumbram pelas paisagens, castelos, restaurantes e lojas. Isso sem falar nas ondas da Grand Plage, lisas e perfeitas, abrindo para os dois lados num dos cenários mais espetaculares que se pode imaginar. 

            Enfim, os dias passados na França foram bem melhores do que poderíamos jamais ter imaginado, sempre cheios de muita energia positiva, sol, surf e baguetes num dos países mais nobres do planeta.  

           Mercy e au revoir! 

 

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Educando as novas gerações do surf brasileiro

  

Mais uma etapa do Circuito Paulista Amador – Hang Loose Surf Attack aconteceu no último final de semana dos dias 14 e 15 de julho. Com ótimas ondas e um pessoal com sede de vitórias as baterias foram super disputadas e fora da água os jovens talentos tiveram muitas atividades.

Numa tenda exclusiva os atletas participantes fizeram uma avaliação física completa com peso, estatura, flexibilidade (banco de Wells), impulsão horizontal, percentual de gordura (dobras cutâneas), teste de força-resistência abdominal e análise postural digital.

 Todos os dados e resultados são analisados e entregues no próprio final de semana ou encaminhados por e-mail, servindo como uma excelente ferramenta de controle e otimização da performance dentro da água. Na entrega todos os atletas, técnicos ou parentes tem a oportunidade de trocar informações com os profissionais envolvidos, no caso da área de nutrição, educação física, esporte e fisioterapia.

 Contando com crianças e jovens entre 8 até 18 anos, ao longo do final de semana também ocorreram atividades de recreação e gincanas, visando integrar os envolvidos e dar um clima de descontração ainda pouco encontrado nas competições. No sábado a tradicional corrida de saco com as categorias individual e em duplas agitou a garotada e divertiu a galera na praia. Domingo foi a vez de o pára-quedas ACTUAL entrar em ação, em baterias de dois participantes, todos tentavam ser rápidos e vencer a resistência do vento no pára-quedas. As disputas eram abertas a todos que estavam na praia e os vencedores receberam brindes da HANG LOOSE.

 A qualquer momento do final de semana o atleta pode chegar no espaço , preencher uma ficha de cadastro e iniciar sua avaliação. Primeiramente, é feita a pesagem, estatura, e em seguida coletadas as dobra cutâneas que darão o percentual de gordura e índice de massa corpórea. Além de coletar dados, os atletas também conversam com a nutricionista Karyna Pugliese sobre alimentação, hidratação e balanço nutricional para a competição e o treinamento.

 Após isso, nos testes neuromotores os dados coletados são correlacionados com a população mundial de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e entre os surfistas de determinada categoria. Segundo Ney Batista, até o presente momento, no Teste força-resistência abdominal, encontramos a maioria dos atletas abaixo da média, relacionado a isso observamos um alto índice de hiperlordose indicando o enfraquecimento dos músculos abdominais e encurtamento da musculatura da região lombar. Outra avaliação abaixo da média foi a flexibilidade (Banco de Wells), a pouca cultura de alongar-se somada a exaustivas horas de prática do surf criaram um encurtamento de toda cadeia posterior auxiliando para os desequilíbrios musculares. No Salto horizontal, é avaliada a potência dos músculos inferiores (exercer o máximo de energia num ato explosivo, também conhecida como potência muscular) a distância alcançada pelo atleta dará seu parâmetro dentro da população. Nota-se que atletas com boa impulsão horizontal tem tido destaque na execução de manobras fortes e conseqüentemente, boas pontuações.

 Na parte postural, o fisioterapeuta Paulo Ribeiro coleta fotos de todos atletas em 4 ângulos diferentes: frente, costas, lateral esquerda e lateral direita. Com a análise completa, explica individualmente os desvios apresentados e a maneira correta de corrigi-los através da fisioterapia e treinamento.

 O projeto vem ganhando peso ao longo dos anos e atualmente está sendo preparado um artigo científico para publicação e apresentação em congressos científicos com os dados coletados.

 A idéia de todo trabalho é poder educar as novas gerações, criando atletas mais saudáveis e otimizando sua carreira ao longo dos anos, nessa etapa tivemos mais de 50 jovens atletas avaliados. Um serviço gratuito oferecido pela HANG LOOSE, que mais uma vez inova e agrega o devido valor ao surf brasileiro.

 Porém não é apenas avaliando os jovens atletas que se resume o trabalho do Surf Attack Center. No mesmo espaço também são oferecidos serviços de aquecimento, alongamento, mat pilates e dicas de treino. Contando com o apoio da ACTUAL , empresa especializada em preparação física, diferentes materiais auxiliam na execução dos movimentos, estimulando a propriocepção, concentração e equilíbrio entre os competidores.

 Uma experiência excelente para todos envolvidos que trás um retorno enorme para atletas, profissionais, família e a própria marca. Em anexo algumas fotos ilustrando a matéria.

 

 

 

 

 

 

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JEFFERSON SILVA ESTÁ DE VOLTA ÀS COMPETIÇÕES

 Completados 20 anos no mês de fevereiro, o surfista profissional Jefferson Silva está bastante animado para as competições desse 2º. semestre de 2007.

 Depois de praticamente 6 meses (novembro/06 a abril/07) de treinamento físico, técnico, tático e principalmente psicológico o jovem começou o ano totalmente seguro para mostrar seu surf e imagem para os juízes e o mundo do surf.

 Competindo novamente desde abril deste ano já alcançou alguns bons resultados e aos poucos vem se firmando como um promissor talento para o surf profissional.   

 Com uma carreira cheia de altos e baixos, Jefferson é o típico surfista guerreiro, com gosto e vontade de competir ele sempre figurou nas cabeças de sua geração já tendo conquistado os principais títulos amadores como  campeão brasileiro e mundial júnior no ISA Games de 2005.

 Ano passado, uma série de fatos relacionados ao seu comportamento desportivo culminaram na perda do foco e de seu patrocinador principal. Porém, num processo evolutivo e altamente consciente o jovem atualmente se mostra totalmente recuperado e focado em reconquistar seu espaço nas competições e nas empresas do setor.  

 Humilde, de bom coração e um surf incrivelmente forte nessa entrevista Jefferson nos mostra sua visão, objetivos e novidades. Uma coisa é certa pegar esse cara inspirado nas baterias não é moleza pra ninguém!  

Qual seu nome, idade e tempo de surf?

Jefferson Bento da Silva, 20 anos e 10 de surf.

 Quais os principais títulos da sua carreira?

Fui campeão brasileiro amador e mundial junior no ISA Games em  2005 e como profissional fiquei em 3º. no Oakley Júnior Challenge de 2007. 

Você sentiu diferença entre as competições amadoras e profissionais?

Senti sim. Ainda não obtive resultados tão expressivos profissionalmente, no amador era muito mais fácil obter uma boa colocação. No profissional a galera parece ter mais raça e muito mais surf, afinal todo mundo está ali para ganhar o seu pão de cada dia. É Preciso adotar uma postura profissional em tudo, no surf , nos treinos e na vida para se dar bem.

 Vc andou sumido por pelo menos uns 6 meses no final do ano passado e começo deste, o que esteve fazendo nesse período?

Depois de um fato marcante, fiquei totalmente desnorteado. Perdi o patrocínio, levei várias críticas e precisei de um tempo pra colocar as idéias em ordem. Depois de 1 mês com total apoio da minha família e técnico voltei a treinar feito louco para competir nesse ano.  

 Oque foi esse fato marcante? Algo a ver com aquela confusão com a Sophia Mulanovich, no pro junior de 2006? O que aconteceu?

O que aconteceu entre eu e a Sophia não passou de um mal entendido, que tomou altas proporções. Estávamos, eu e os outros atletas brasileiros, dentro da água e  ela (Sophia) estava rabeando todo  mundo. Numa certa hora entrou na minha onda e eu fui perguntar para ela porque tinha feito aquilo. Ela disse que estava em casa e não queria saber de nada nem ninguém. Acho que por ter criticado sua atitude ela se sentiu ofendida e chamou seus amigos para tirarem satisfações comigo. Eles vieram em bando, ficaram me perseguindo e criou-se uma confusão desnecessária. Mesmo após ter conversado novamente com a Sophia, termos trocados desculpas na casa dela e tal, o caos continuou, um monte de peruanos querendo me bater e eu sem poder fazer nada.

No final das contas quem ficou com a culpa ainda fui eu, tomei uma suspensão de 60 dias e uma multa de US$ 1.000,00 da ASP, que ainda nem consegui pagar… Aprendi que não se deve arrumar confusão por causa de uma onda.

 Qual sua meta para 2007?

Entrar no Super Surf e conquistar a vaga para o mundial Pro Junior.

 Como é seu dia a dia?

Acordo cedo todo dia. Se tem onda já corro pro mar para treinar, além disso tenho uma sessão de alongamento e pilates diária além de 3 vezes por semana um complemento aeróbio pra perder uns quilinhos rsrsrsrs. Mantenho uma dieta com alimentos naturais, porém às vezes é difícil durante as viagens, tenho que ficar esperto pois tenho uma estrutura grande e nas marolas isso pode fazer a diferença.

 Quem é seu técnico?

Desde os 13 anos o Thiago Ferrão me acompanha. Conheci ele, através da Escola de Surf da Riviera, na qual ele é sócio, foi ele quem sempre conseguiu apoios e patrocínios, elaborou meus treinos e sempre me motivou a continuar na luta.

 Quem são seus apoiadores?

Mantenho minhas pranchas com o Thiago Cunha, que tem feito altos foguetes. E em maio consegui um apoio da GLOBE que me motivou bastante para continuar focado. Agora é conseguir um bico bom pra alcançar meus objetivos!

 Atualmente quem você considera o mais completo surfista do Brasil? E do mundo?

No Brasil o Neco Padaratz e do mundo continua o Kelly Slater.

 Qual seu maior sonho? O que falta para conquistá-lo?

Meu maior sonho é ser campeão mundial do WCT e conhecer o mundo surfando. Acredito que tenho condições para isso porém ainda falta uma forte marca do mercado acreditar em meu potencial, afinal sozinho a gente num chega a lugar nenhum.

 Que dica vc daria aos jovens surfistas competidores?

Treinar bastante e nunca sair do foco, o trajeto é longo !!!

 Algum recado para os leitores ou o pessoal que te conhece?

Queria agradecer a todos pelas mensagens de apoio que recebo em todos lugares onde vou. Continuo na missão e determinado a conseguir tudo que sempre sonhei!

 Jefferson cedeu esta entrevista durante o Latin Surf Pro, no Rio de Janeiro, onde chegou nas quartas de final. Nesse final de semana está em Itacoatiara,buscando mais vitórias.

 

Marcas interessadas podem obter seu calendário, vídeos e portifólio através do e-mail thiago.ferrao@fluxexperiences.com.br

 

 

 

 

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Jefferson Silva é destaque em Saquarema – RJ.

   Foi encerrado na sexta feira dia 11 de maio, o campeonato Oakley Junior Challenge 2007, evento especial para atletas de até 20 anos realizado em Saquarema (RJ).

Com uma excelente atuação, o paulista Jefferson Silva liderou o ranking na maior parte da competição, mas acabou superado pelo campeão desta edição Pablo Paulino e Wiggolly Dantas, segundo colocado no ranking final.

Té, como é chamado pelos amigos, é mais um dos garotos que começam a surfar na Escola de Surf da Riviera, fazendo parte do Projeto – SURF PARA TODOS. Projeto este que tem o objetivo de educar crianças e jovens das comunidades carentes de Bertioga através do surf e que já teve mais de 1000 beneficiados.

Este projeto que oferece aulas de surf gratuitas e palestras sobre cidadania, cuidados com a saúde, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, cuidados com drogas e preservação do meio ambiente, e que tem assim como o Jefferson Silva, grandes talentos sendo revelados.

Classificação do Okley Junior Chalenge 2007.  1.. Pablo Paulino (CE), 114,85 pontos
 2.. Wiggolly Dantas (SP), 107,55
 3.. Jefferson Silva (SP), 105,25
 4.. Eduardo Rolins (RJ), 100,95
 5.. Jadson André (RN) 99,35

 

Desejamos ao Jefferson Silva muito sucesso e que ele continue com essa força e dedicação.

 

Fonte: Waves

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