Tenda Ibrasurf atende atletas no SuperSurf de Ubatuba

Durante a terceira etapa do SuperSurf, que aconteceu entre 23 e 26 de julho em Itamambuca, Ubatuba, o Instituto Brasileiro de Surf esteve presente com a Tenda Ibrasurf, prestando avaliação física a atletas profissionais e amadores. O professor José Carlos Dottori, especialista em fisiologia do exercício, e a estudante de Educação Física Nayla Popic, atenderam aos surfistas presentes no evento. Os atletas de Ubatuba Suelen Naraísa, Saulo Júnior e Tamae Bettero, os paraibanos Jano Belo, Diana Cristina e Ulisses Meira, o carioca Pedro Henrique e o cearense Fabio Silva, além da campeã Juliana Quint, foram avaliados pelos profissionais do Ibrasurf. O atendimento foi iniciado com uma coleta de informações sobre o atleta, levando em conta o histórico de doenças pessoais e familiares pertinentes ao estudo da atividade física. Em seguida, Dottori mediu o peso, altura, circunferências musculares, percentual de gordura e avaliação neuromuscular, além do IMC, o Índice de Massa Corporal e suas implicações na saúde de cada atleta. “O retorno foi positivo. Os atletas atendidos se mostraram interessados em saber dos dados coletados e muitos deles não tinham conhecimento desse tipo de avaliação. O trabalho do Ibrasurf é essencial para ajudar na preparação dos surfistas”, comenta Dottori. A Tenda Ibrasurf está nos principais eventos do calendário do surf nacional, promovendo avaliações físicas e orientação aos atletas. Marilia Fakih

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REACTION SURFBOARDS FIRMA PARCERIA COM IBRASURF

A fábrica dará desconto aos atletas universitários

            A Reaction Surfboards, fábrica de pranchas de surf de São Paulo, está com uma promoção imperdível com desconto de 30% aos atletas universitários cadastrados no Ibrasurf – Instituto Brasileiro de Surf. E o atleta terá a possibilidade de levar um amigo que também ganhará um desconto de 20% na prancha nova.

            A parceria entre a Reaction Surfboads e o Ibrasurf não é novidade. A Reaction apóia pelo segundo ano consecutivo o Circuito Paulista de Surf Universitário, principal competição da categoria no país, sempre preocupada com a satisfação e o crescimento do surf no Brasil.

            E, segundo uma pesquisa realizada, o maior público da Reaction Surfboards é o universitário, então a marcar quer estar onde ele está.

Sobre a Reaction Surfboards

            O Shaper Tiago Corrêa inaugurou a Reaction Surfboards (www.reactionsurf.com.br) há três anos e desde então foram fabricadas mais de 1.300 pranchas. O novo plano da marca é exportar suas pranchas de design diferenciado para os Estados Unidos e Europa. Na loja é possível encontrar pranchas novas e usadas, acessórios e roupas das melhores marcas. E agora é possível encontrar as pranchas de pronta entrega no Litoral Paulista.

 

Para mais informações:

Reaction Surfboards

Rua Rio Grande 141 – Vila Mariana – São Paulo

Telefone: 11 5083.9537

Contato para imprensa:

Carolina Carvalho: 11 8193.3325 (reactionsurfboards@gmail.com)

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Nenel de Amaralina – Sim, nós podemos surfar

 Numa época em que o surf estava restrito aos playboys da burguesia de Salvador, um garoto negro, magrinho e comprido do Nordeste de Amaralina juntou a galera e afirmou: “Sim, nós podemos surfar”…

 Se as pessoas ainda têm dúvidas de que a Bahia é o lugar onde as coisas são possíveis, que os sonhos estão vivos, precisam conhecer a história de Nelson Moreira Filho, mais conhecido como Nenel do Quebra Coco de Amaralina.

 Mais um Filho da Revolução, Nenel nasceu no dia 2 de junho de 1964 e cresceu entre as praias da Pituba e Amaralina. “Por volta de 1971, a gente já via caras como Tourão, Fredão, Bráulio, Maurício Abubakir, Cly Loiole e Guiga Matos, entre outros, pegando ondas e ficava na maior fissura, mas não tinha prancha. Juntamos a galera, invadimos as obras, conseguimos madeirites e começamos a surfar de
taubinha, na areia”, lembra.

 Sempre com um espírito amistoso, Nenel, desde cedo mostrou responsabilidade social, trabalhando não apenas pensando em si, mas também nos outros. “Daquela turma, destaco David da Hora, Neilton Muricy, Olimpinho Batista e Neidson de Jesus como maiores representantes. A gente pegava os madeirites, contava, fazia o shape, virava borda e surfava na areia, na volta da onda, depois do quebra coco. A gente chamava de Frus, o surf ao contrário”, explica Nenel, um dos responsáveis pela confecção dos brinquedos.

 A brincadeira de Frus durou até o início dos anos 80, quando começaram a aparecer as primeiras pranchas usadas. “Comprei minha primeira prancha depois de trabalhar por três anos catando alumínio. Era uma Tito Resenberg, feita no Peru, que tinha uns consertos grandões, porque foi usada no tráfico de drogas. Surfei com ela por três anos, depois desencapei e fiz minha primeira prancha”, revela Nenel.

  Assim nasceu a Prancha Folha da Costa, que tem a proposta de abrir portas, restaurar a prosperidade, promover a paz. “Não faço prancha para ficar rico. Faço para evoluir o esporte e prestar um serviço para a comunidade porque no meu tempo de criança eu queria e não tinha. Então, faço prancha para o surfista
que nunca tem dinheiro e sempre compra o pior material. Faço as minhas mágicas e entrego uma prancha com qualidade de competição”, afirma.

 Sempre contribuindo para diminuir a desigualdade, Nenel acabou se especializando em fazer os “brinquedos” preferidos da galera na praia. “Além das pranchas de surf, também faço pranchas para resgate aquático; o skimboard ou Frus na areia; e a handboard para o surf de peito”, revela o shaper que também faz parte dos
quadros do Salvamar.

 Como um autêntico homem da água, Nenel se destaca nos salvamentos feitos em condições de extremas dificuldades, em mares com ondas grandes, o que já lhe rendeu um título de campeão, um vice-campeonato e a terceira colocação no Mundial de Resgate Aquático. “No ano em que fui campeão, o mar estava muito
grande, com ondas de 3 metros”, revela.

 “A competição foi no Rio de Janeiro e teve a participação de Salvavidas do Hawaii, Califórnia, Austrália e de outros lugares. Na hora de pegar a prancha, vacilei, fiquei por último e só restou o maior toco, uma prancha pesadona. Na hora de entrar no mar deixei os gringos partirem na frente e todo mundo optou por enfrentar o quebra-coco, fui pelo canto da praia e pulei da pedra, saindo já no outside, daí foi um abraço. Cheguei, fui ao palanque, tomei banho e ainda tinha gente chegando”, revela o campeão.

 Este momento, Nenel destaca como um dos mais importantes que aquela turma do Quebra Coco de Amaralina conquistou, o outro é o Campeonato de Longboard que Olimpinho ganhou no Hawaii. “É muito difícil imaginar que um garoto da comunidade do Nordeste de Amaralina venceria um campeonato de surf no Hawaii, ganhando de todos os locais, um por um, até a final. Foram mais de dez baterias”, conta. A surpresa foi tão grande que nem os organizadores acreditaram no que estavam vendo. O resultado da competição só saiu uma semana depois, quando Olimpinho já estava no Brasil.

 Sempre se erguendo além do egoísmo, da avareza e da falta de generosidade, Nenel tem consciência de que pode conseguir muito mais. “Além de fazer as pranchas da galera da comunidade, a Folha da Costa tem uma lista enorme de profissionais que começou aqui e estão trabalhando em grandes empresas, espalhadas pelo
mundo. Também somos formadores de mão de obra”, lembra Nenel.

 Outra atividade que Nenel se dedica é a organização do campeonato baiano de surf de peito. “Todo ano, as pessoas me pedem para organizar o campeonato, porque se não passa em branco. Este ano vamos realizar o campeonato com etapas no Barravento, Buracão do Rio Vermelho, Amaralina, Boca do Rio e na Praia de
Catussaba. Alguns dos melhores picos da cidade para o surf de peito”, revela Nenel.

 Sim, nós podemos surfar e vamos lá.

 

fonte: waves

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A Responsabilidade Social e o Surf

 

Num País em que o litoral ultrapassa os 9 mil km, com um clima predominantemente quente, com boas ondas, o surf vem conhecendo novos desafios e desvendando outros mares.  

As ações públicas continuam tímidas, revela-nos o diretor executivo do IBRASURF(Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf), Alexandre Zeni, mas a paixão do atleta brasileiro, supera qualquer dificuldade.   

No último trimestre do ano, após a estréia da novela Três Irmãs, da Rede Globo, de autoria de Antonio Calmon, em que o cenário principal é um mar lindíssimo com praias com ondas havaianas (na verdade as cenas foram gravadas na Barra da Tijuca – RJ), corpos bronzeados e torneados pelo esporte, o surf tem provocado uma busca frenética por inscrições em cursos para enfrentar o verão 2009 e revelar os bigs riders – que são os especialistas em surfe de ondas grandes. Só no Estado de São Paulo, segundo a Federação Brasileira de Surf, são quase 100 escolas de surf.  

Essas escolas de surf localizadas, em sua maioria, nas cidades praianas do País, ensinam desde crianças ao pessoal da terceira idade. Pois, além do aumento da capacidade aeróbica passando pela agilidade e equilíbrio, o surf é um dos esportes mais completos e podem ser sim praticados por todas as idades, garante Alexandre Zeni.  

Cheo Deynes chega ao Brasil  

Neste verão 2008/2009, as praias paulistanas contam com a presença do internacionalmente conhecido, Cheo Deynes. Vindo das grandes ondas de Porto Rico, Cheo Deynes, tem sido o responsável pela preservação do surf com técnicas inovadoras e arrasadoras. Com uma vivência nesse esporte que confunde-se com a própria idade,  é o instrutor responsável pelo Olas Surf Camp em Isabella, PR, referência de qualidade e seriedade, que tem acompanhado o crescimento desse esporte desde os anos 60. 

Cheo Deynes, 60 anos, aproveita a oportunidade para atender um antigo pedido dos amigos de surfar nas águas brasileiras e, ainda participar de uma ação social proposta por ele mesmo e  que terá como beneficários as crianças carentes da comunidade local. A ação social, promovida pela Associação Paulista de Surf Universitário (APSU), tem como tema: “O Brasil visto lá de fora” que tem como objetivo conscientizar as crianças que as nossas atitudes internas são responsáveis pelo que dizem do nosso país. Além da palestra e aula prática as crianças participarão da operação “O Brasil visto lá de fora”, que fará a coleta de material reciclado. Segundo Cheo Deynes, a iniciativa partiu da amizade e companheirismo que permeia o ambiente do surf, “Tenho visto que os brasileiros, além de muito bons profissionais do surf têm sempre uma inovação para mostrar ao mundo, são criativos e estendem essa qualidade para além de suas atividades, como a criação de escolas especializadas em crianças, ou ainda aulas para portadores de deficiência física. São atitudes que requer muita sintonia com seu povo. São atitudes de responsabilidade social que promovem o esporte e integram a sociedade.”  

    

    Serviço: Cheo Deynes estará no dia 30 de novembro, no Guarujá, a convite do  IBRASURF  na ação social  “O Brasil visto lá de fora”. 

 

 

 

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Ibrasurf e Bahia Surfcamp fecham parceria

 

    Você que um dia pensou em fazer uma trip especial pro litoral norte Bahia, chegou a hora. Numa parceria inédita entre o Ibrasurf e o Bahia Surfcamp, você poderá conhecer os picos mais secretos e também os mais conhecidos do litoral norte baiano na companhia do ex-surfista profissional Beto Dias. 

            O Bahia Surfcamp fica localizado no Condomínio Busca Vida, 8 km ao norte do aeroporto internacional de Salvador, lugar de acesso restrito apenas para moradores e com ótimas condições de surf com swell de sul. 

            A praia de Busca Vida tem 4 diferentes picos, dois fundos de pedra e 2 beach breaks muito bons, ondas que inclusive já foram reportagem do Surf Adventures 2001 no Sportv e também no Surf Adventures Interativo 2004. 

            Além do lugar paradisíaco como base de sua estadia e com comida caseira de primeira, você vai buscar as melhores condições do dia junto com o Beto e seu total conhecimento da região. Picos como Scar Reef, Jacuipe, Praia do Forte, Arembepe, Itacimirim, Imbassahy, dentre outras, são os principais alvos do surfari. 

            Então não perca mais tempo e aproveite as condições especiais para conhecer um dos melhores e mais bonitos picos de nosso litoral. Entre em contato com o Ibrasurf@fluxexperiences.com.br  e saiba maiores informações. 

  

 

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Surf no asfalto

 

Nova modalidade chega ao Brasil

A Califórnia, berço do skate, inovou mais uma vez, ao mostrar para o mundo uma nova modalidade esportiva: o skate elétrico. A novidade, que surgiu em 2002 já é sucesso nos Estados Unidos e Europa.

 Com a estrutura básica igual aos skates longboards tradicionais, ele contém uma bateria que dura aproximadamente uma hora e meia e chega a percorrer 15 quilômetros com a carga completa.

 A velocidade máxima é de 35 km/h, o que possibilita que o skate elétrico seja adotado também como um meio de locomoção prático, econômico e ecológico.

 O skate elétrico pode ser encontrado nos modelos longboard e off-road. O primeiro possibilita andar em vias asfaltadas e regulares, visando velocidade e agilidade, já o segundo é um conjunto especial para terrenos irregulares.

 "Soubemos do skate elétrico por amigos que estavam na Califórnia. Mantivemos contatos com várias pessoas no exterior e acabamos chegando a um fabricante na China, fornecedor dos skates para Estados Unidos e Europa. Conhecemos a fábrica, os sistemas de produtos e pedimos um skate com características para o Brasil", conta Tairone Passos, sócio e responsável pelas vendas do modelo aqui no Brasil.

 O interesse do público está superando as expectativas dos empresários, que no começo pensavam em comercializar somente no Paraná, para depois expandir, mas com o rápido sucesso já há revendedores no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Santa Catarina.

 "Pretendemos vender cerca de mil skates até o final do ano, mas no ritmo que anda a aceitação das pessoas, acreditamos que esse número possa ser superado", completa Tairone.

 Para obter mais informações, acesse o site Skate Elétrico.

fonte: waves

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Surfando a Europa – Ondas e descobertas no Velho Continente

             Acompanhe todas as emoções e aventuras vividas pelos professores Ale Zeni e Tici Deiab nas praias européias 

 

SURF NA ITÁLIA – História, comilança e boas ondas no país da bota 

            Pra quem pensa que a Itália é apenas um país recheado de história, arte e cultura, ficam aqui duas dicas: além de ser uma terra repleta de destinos fantásticos, quem procura vai achar ondas excelentes. 

            E foi exatamente isso que aconteceu com os professores Ale Zeni e Tici Deiab, que aproveitaram uma viagem à Europa pra conhecer os encantos da Itália e além de tudo surfar altas ondas. 

            Após percorrer os principais centros culturais do país, como Roma, Veneza, Verona, Milão, Florença, Pisa, Genova, Nápoles, e se perder numa verdadeira aula viva da história da arte, religião e evolução humana, foi a vez de partir em busca das belezas naturais, e claro, das ondas italianas. 

            Passando por regiões como Costa Amalfitana, Cinque Terra e Vulcão Vesúvio, chegou a hora de partir para as ilhas da Sicília e Sardenha, onde finalmente encontrariam o que há tanto tempo procuravam. 

            A primeira parada foi na Sicília, ilha mundialmente conhecida pela famosa máfia. Contrariando as expectativas e pensamentos pré-moldados, nada de máfia por ali, mas sim grandes amizades, em especial com o kitesurfer Rosário, e momentos inesquecíveis em inúmeros pôr do sol alaranjados e águas incrivelmente límpidas e azuis. 

            Mas nada de ondas…. 

            Partimos então para a Sadenha, última esperança de surfar neste maravilhoso pedaço do mundo. Com a benção de Deus e a chegada de fortes ventos mistral, finalmente o mar balançou, e tudo o que poderia ser feito era agradecer por mais uma vez estar no lugar certo na hora certa. 

            Capo Mannu, Mini Capo e Sa Mesa Longa. Quem conhece sabe o que estamos falando, quem não conhece anote na agenda (ou no mapa). 

            22 de julho de 2008. Primeira queda em Mini Capo, bancada perfeita pertinho da beira, direitas e esquerdas com 2 a4 pés e todos os surfistas da região querendo seu espaço no outside. 

            Segunda queda em Capo Mannu, reef break maravilhoso e praticamente sem ninguém, os locais acham que o mar lá é muito grande e a remada muito longa, melhor assim pois deu pra pegar bastante onda e matar a vontade de quase 2 meses sem surfar. Direitas extensas de 4 a6 pés caminhavam desde lá de fora até a rasa bancada de coral na beira das pedras. Show de surf e cabeça feita, obrigado Senhor!!! 

            No dia seguinte, a terceira queda foi em Sa Mesa Longa, também conhecida como Piscina, sem dúvida uma das mais lindas praias que já vimos em toda nossa vida. Direitas e esquerdas de 2 a3 pés num cenário paradisíaco finalizaram o swell com chave de ouro. 

 

SURF NA FRANÇA – História e muito surf no verão europeu 

            Após desbravar as ondas italianas no pico de Capo Mannu, na Sardenha, chegou a hora de partir rumo a novas descobertas e aventuras na Europa. Próximo destino, França. 

            Doze horas e mil e quatrocentos quilômetros depois chegamos aos beach breaks de Hossegor, mundialmente conhecidos pelas suas ondas tubulares e perto da beira. 

            A porção francesa do País Basco é realmente maravilhosa, com diversas bancadas, castelos deslumbrantes, eventos singulares e muita gente bonita. 

            Logo na primeira queda em Capbreton encontramos o surfista Rogério Alemão, que vive a cinco anos na área e nos deu dicas valiosas de como aproveitar o swell e as variações da maré. Percebemos também um sensível aumento na freqüência das ondulações e no nível técnico e estrutural do esporte em relação aos países vizinhos. 

            Demos sorte por chegar junto com o swell e pegar altas ondas em Le Stagnots, Le Pista, Plage Nord. E também por estar lá durante a festa de Bayonne, uma das mais tradicionais celebrações da Europa. Na companhia da amiga Amanda, dos australianos Toby e Matt e de um grupo de holandeses nos divertimos bastante no futebol, no camping e nos pub crawls. 

            A base de comando foi Anglet, onde a galera mais jovem e descolada aproveita a extensa praia dividida por píers para curtir o sol e as bancadas de areia como Les Cavaliers, onde surfamos um final de tarde inesquecível ao lado do ídolo Gustavo Kuerten. 

            Biarritz, mais a sul, encanta pela aura cosmopolita a beira mar, onde turistas de todo o mundo se deslumbram pelas paisagens, castelos, restaurantes e lojas. Isso sem falar nas ondas da Grand Plage, lisas e perfeitas, abrindo para os dois lados num dos cenários mais espetaculares que se pode imaginar. 

            Enfim, os dias passados na França foram bem melhores do que poderíamos jamais ter imaginado, sempre cheios de muita energia positiva, sol, surf e baguetes num dos países mais nobres do planeta.  

             

SURF NA ESPANHA – Viagens e aventuras do País Basco à Galícia 

            Atravessando a fronteira França-Espanha chega-se a San Sebastian, uma das principais capitais culturais da Europa com seus festivais de jazz, culinária típica, intensa vida noturna e idealismo político. 

            A região, que faz parte do País Basco, é repleta de tradições, história e também de boas ondas, como Zurriola, Zarautz, Bakio, e a internacionalmente conhecida Mundaka. 

            Para sorte de alguns e azar de outros, o swell havia baixado um pouco e as séries não passavam de um metro, mas mesmo assim foi o suficiente para conhecer e encantar-se com o perfeito life style e qualidade de vida dos surfistas espanhóis. 

            Destino bastante acolhedor aos turistas, pra viajar pela Espanha foi necessário apenas o guia de surf e um kit barraca-travesseiro-cobertor. Dessa maneira, acordávamos todas as manhãs de frente para as ondas da Cantábria, Astúrias ou Galícia. 

            Destaque para o surf sem crowd em Liencres, Rodilles e Rio Sieira e para as paisagens de Cabo Vidio, Los Locos e Tapia de Casariega. Sem esquecer o cardume de enormes golfinhos surfando o final de tarde em Furnas, sintonia total da natureza. 

            Como bons aventureiros, a peregrinação terminou em Santiago de Compostela, onde as luzes da Catedral e as apresentações musicais ao ar livre explicavam despretensiosamente um pouco sobre aquele lugar místico e cheio de magia. 

            Na volta para Milão, na Itália, local de partida do vôo para o Brasil, ainda tivemos tempo para mais uma imersão cultural em Barcelona, com os museus de Gaudi e a Sagrada Família. Mas no caminho havia Portugal e seus fundos de pedra tão gelados como perfeitos. 

 

SURF EM PORTUGAL – Ondas geladas e pesadas, ora pois! 

            A previsão era animadora quando partimos rumo a Portugal, com os mapas de ondulação estimando séries de até dois metros durante toda a semana. Apesar do tempo chuvoso e frio, a entrada do swell fecharia com chave de ouro essa trip histórica pelo Velho Continente. 

            A primeira parada foi na cidade de Espinho, que confirmando as expectativas oferecia ondas de um metro e meio bastante deformadas pelo vento maral. Aproveitamos para tirar a barriga da miséria e visitar a feirinha local, uma diferente experiência que mesclava o tradicionalismo cigano com o consumismo ocidental. 

            De lá descemos rumo a Peniche para conhecer a famosa onda de Supertubos, antes passando pela região de Figueira da Foz, que também não apresentava as melhores condições para o surf. 

            Chegamos à noite e na manhã seguinte despertamos direto para a praia na esperança de pegar aqueles tubos tão inspiradores e desejados que estampam páginas de revistas mundo afora. Infelizmente as ondas estavam pequenas em Supertubes, influência da maré e da direção da ondulação, e o negócio então foi explorar a região. Como quem procura acha, encontramos ondas perfeitas nos point breaks de Batel e Consolação. 

            Descendo um pouco mais o litoral português, o próximo destino era Ericeira, onde passamos a noite estacionados em Ribeira D’Ilhas pra novamente acordar de frente para o mar, que agora sim mostrava toda sua força. 

            Séries com mais de dois metros e muita correnteza desafiavam os poucos surfistas que se aventuravam a encarar a remada naquelas difíceis condições. O jeito foi descansar e esperar a hora certa pra entrar no mar. 

            Aproveitamos para conhecer as praias de São Lourenço e Coxos, famosas por segurar grandes ondulações e proporcionar surf num alto grau de dificuldade. E foi exatamente isso que aconteceu quando a ondulação alinhou no inicio da tarde. 

            Coxos mostrou todo seu potencial bombando ondas de 6 a8 pés pesadas e volumosas. Apenas dois surfistas se aventuravam nas difíceis condições e não demorou muito para receberem nossa companhia. 

            Coração acelerado desde a entrada numa fenda entre as pedras até a saída sobre a rasa e afiada bancada. Enquanto isso direitas constantes faziam a alegria daqueles que encaravam o frio em busca de adrenalina e diversão. 

            Neste momento ficou claro que toda experiência acumulada durante as viagens para o Havaí, Indonésia e Austrália foram decisivas para encarar as condições pesadas com confiança e determinação. Como resultado, altas ondas surfadas e momentos inesquecíveis para guardar eternamente na memória. 

            Finalizando essa mágica experiência pelas praias européias, e já completamente apaixonados pelas histórias e ondas desse maravilhoso continente, nada melhor que visitar velhos amigos antes de voltar para casa.   E foi com muita alegria que encontramos em Cascais o casal de amigos Virginia e Rodrigo Coolpisca, viajantes aventureiros e atualmente residindo em terras portuguesas. Como sempre, fomos muito bem recebidos, com direito a jantar de gala, vinho do Porto e muitas risadas para matar a saudade.  

            Infelizmente o tempo passou rápido e estava na hora de regressar ao Brasil. No coração, a tristeza pela partida se misturava à alegria das lembranças inesquecíveis e dos momentos singularmente vividos. E a certeza de que a Europa ainda reserva grandiosas histórias a serem escritas pelos seus surfistas e ondas. 

 

 

 

 

 

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SURF EM PORTUGAL – Ondas geladas e pesadas, ora pois!

 

      A previsão era animadora quando partimos rumo a Portugal, com os mapas de ondulação estimando séries de até dois metros durante toda a semana. Apesar do tempo chuvoso e frio, a entrada do swell fecharia com chave de ouro essa trip histórica pelo Velho Continente.              A primeira parada foi na cidade de Espinho, que confirmando as expectativas oferecia ondas de um metro e meio bastante deformadas pelo vento maral. Aproveitamos para tirar a barriga da miséria e visitar a feirinha local, uma diferente experiência que mesclava o tradicionalismo cigano com o consumismo ocidental.              De lá descemos rumo a Peniche para conhecer a famosa onda de Supertubos, antes passando pela região de Figueira da Foz, que também não apresentava as melhores condições para o surf.              Chegamos à noite e na manhã seguinte despertamos direto para a praia na esperança de pegar aqueles tubos tão inspiradores e desejados que estampam páginas de revistas mundo afora. Infelizmente as ondas estavam pequenas em Supertubes, influência da maré e da direção da ondulação, e o negócio então foi explorar a região. Como quem procura acha, encontramos ondas perfeitas nos point breaks de Batel e Consolação.              Descendo um pouco mais o litoral português, o próximo destino era Ericeira, onde passamos a noite estacionados em Ribeira D’Ilhas pra novamente acordar de frente para o mar, que agora sim mostrava toda sua força.              Séries com mais de dois metros e muita correnteza desafiavam os poucos surfistas que se aventuravam a encarar a remada naquelas difíceis condições. O jeito foi descansar e esperar a hora certa pra entrar no mar.              Aproveitamos para conhecer as praias de São Lourenço e Coxos, famosas por segurar grandes ondulações e proporcionar surf num alto grau de dificuldade. E foi exatamente isso que aconteceu quando a ondulação alinhou no inicio da tarde.              Coxos mostrou todo seu potencial bombando ondas de 6 a8 pés pesadas e volumosas. Apenas dois surfistas se aventuravam nas difíceis condições e não demorou muito para receberem nossa companhia.              Coração acelerado desde a entrada numa fenda entre as pedras até a saída sobre a rasa e afiada bancada. Enquanto isso direitas constantes faziam a alegria daqueles que encaravam o frio em busca de adrenalina e diversão.   

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SURF NA ESPANHA – Viagens e aventuras do País Basco à Galícia

         Atravessando a fronteira França-Espanha chega-se a San Sebastian, uma das principais capitais culturais da Europa com seus festivais de jazz, culinária típica, intensa vida noturna e idealismo político. 

            A região, que faz parte do País Basco, é repleta de tradições, história e também de boas ondas, como Zurriola, Zarautz, Bakio, e a internacionalmente conhecida Mundaka. 

            Para sorte de alguns e azar de outros, o swell havia baixado um pouco e as séries não passavam de um metro, mas mesmo assim foi o suficiente para conhecer e encantar-se com o perfeito life style e qualidade de vida dos surfistas espanhóis. 

            Destino bastante acolhedor aos turistas, pra viajar pela Espanha foi necessário apenas o guia de surf e um kit barraca-travesseiro-cobertor. Dessa maneira, acordávamos todas as manhãs de frente para as ondas da Cantábria, Astúrias ou Galícia. 

            Destaque para o surf sem crowd em Liencres, Rodilles e Rio Sieira e para as paisagens de Cabo Vidio, Los Locos e Tapia de Casariega. Sem esquecer o cardume de enormes golfinhos surfando o final de tarde em Furnas, sintonia total da natureza. 

            Como bons aventureiros, a peregrinação terminou em Santiago de Compostela, onde as luzes da Catedral e as apresentações musicais ao ar livre explicavam despretensiosamente um pouco sobre aquele lugar místico e cheio de magia. 

            Na volta para Milão, na Itália, local de partida do vôo para o Brasil, ainda tivemos tempo para mais uma imersão cultural em Barcelona, com os museus de Gaudi e a Sagrada Família. Mas no caminho havia Portugal e seus fundos de pedra tão gelados como perfeitos. 

 

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