ISA Games – Bodyboarders dão show

 O mar segue diminuindo em Costa de Caparica, Portugal, sede do ISA World Surfing Games 2008. Em ondas cheias de meio metro, os bodyboarders brasileiros não deram mole aos adversários.

 Na terceira fase, o catarinense Luis Villar e o potiguar Marcus Lima fizeram dobradinha no duelo com o inglês Alex Winkworth e o italiano Genesio Ludovisi. “Entramos para fazer um trabalho em equipe, sem pensar quem de nós ficaria em primeiro ou segundo lugar, só pensando na vitória para a equipe. Fizemos duas ondas cada um e partimos para a marcação”, diz Marcus, que ficou em segundo na bateria. Na seqüência, foi a vez de a paranaense Lorraine Lima avançar atrás da francesa Heloise Bourroux. “Estava muito difícil, as adversárias são minhas concorrentes no circuito mundial, então não dei mole. Consegui pegar duas ondas mais ou menos e, como o mar estava muito difícil, fiquei na cola da australiana (Lilly Pollard) para garantir a segunda posição”, comenta Lorraine.

De acordo com o técnico da equipe brasileira, Otoney Xavier, na quinta-feira será a vez de a categoria Open representar o time verde-amarelo, com o paulista Thiago Guimarães e o carioca Filipe Braz entrando em ação na quarta fase. Os baianos Leandro Alberto e Marco Fernandez, únicos brazucas que caíram para a repescagem,  ficam de folga. O mesmo acontece com a catarinense Bárbara Muller, a paulista Camila Cássia e o longboarder carioca Phil Rajzman, todos classificados para a terceira fase em suas respectivas categorias. A equipe brasileira tem o apoio da Confederação Brasileira de Surf (CBS), Bad Boy, Surftraining, Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Vianatur e Waves.

fonte: waves

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WCT 2009 – Mundial no Brasil será em julho

 O WCT Brasil 2009 será realizado no mês de julho. A informação foi dada pelo ex-top Teco Padaratz, dono da licença da prova no Brasil, durante o programa Zona de Impacto, do canal Sportv.

 A alegação é de que as ondas na praia da Vila, Imbituba (SC), sede do WCT Brasil, são melhores durante o inverno. A antecipação da prova de novembro para julho era uma antiga reinvindicação dos organizadores.

 Os organizadores também planejam evitar que a prova aconteça com o título mundial já decidido, como neste ano, em que o norte-americano Kelly Slater conseguiu seu nono título na etapa da Espanha, antepenúltima da temporada.

fonte: waves

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ISA Games – Brazucas avançam em Portugal

 Nesta terça-feira, o mar diminuiu bastante em Costa de Caparica, Portugal, com momentos muito difíceis na maré cheia.

 O time feminino brasileiro estreou e fez bonito nas duas fases disputadas. No próximo round, a catarinense Bárbara Muller e a paulista Camila Cássia tentam dobradinha contra a australiana Claire Bevilacqua e a costa-riquenha Nataly Bernold.

 Na Open, o aproveitamento foi de 50%. O carioca Filipe Braz e o paulista Thiago Guimarães seguiram à terceira fase, enquanto os baianos Marco Fernandez e Leandro Alberto caíram para a repescagem.

 "O mar estava muito complicado à tarde. Na quarta-feira, os bodyboarders Luís Villar e Marcus Lima representam o Brasil, enquanto o restante da delegação fica só na torcida", diz Otoney Xavier, técnico da equipe brasileira.

 A delegação verde-amarela tem o apoio da Confederação Brasileira de Surf (CBS), Bad Boy, Surftraining, Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Vianatur e Waves.

 

fonte: waves

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A Responsabilidade Social e o Surf

 

Num País em que o litoral ultrapassa os 9 mil km, com um clima predominantemente quente, com boas ondas, o surf vem conhecendo novos desafios e desvendando outros mares.  

As ações públicas continuam tímidas, revela-nos o diretor executivo do IBRASURF(Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf), Alexandre Zeni, mas a paixão do atleta brasileiro, supera qualquer dificuldade.   

No último trimestre do ano, após a estréia da novela Três Irmãs, da Rede Globo, de autoria de Antonio Calmon, em que o cenário principal é um mar lindíssimo com praias com ondas havaianas (na verdade as cenas foram gravadas na Barra da Tijuca – RJ), corpos bronzeados e torneados pelo esporte, o surf tem provocado uma busca frenética por inscrições em cursos para enfrentar o verão 2009 e revelar os bigs riders – que são os especialistas em surfe de ondas grandes. Só no Estado de São Paulo, segundo a Federação Brasileira de Surf, são quase 100 escolas de surf.  

Essas escolas de surf localizadas, em sua maioria, nas cidades praianas do País, ensinam desde crianças ao pessoal da terceira idade. Pois, além do aumento da capacidade aeróbica passando pela agilidade e equilíbrio, o surf é um dos esportes mais completos e podem ser sim praticados por todas as idades, garante Alexandre Zeni.  

Cheo Deynes chega ao Brasil  

Neste verão 2008/2009, as praias paulistanas contam com a presença do internacionalmente conhecido, Cheo Deynes. Vindo das grandes ondas de Porto Rico, Cheo Deynes, tem sido o responsável pela preservação do surf com técnicas inovadoras e arrasadoras. Com uma vivência nesse esporte que confunde-se com a própria idade,  é o instrutor responsável pelo Olas Surf Camp em Isabella, PR, referência de qualidade e seriedade, que tem acompanhado o crescimento desse esporte desde os anos 60. 

Cheo Deynes, 60 anos, aproveita a oportunidade para atender um antigo pedido dos amigos de surfar nas águas brasileiras e, ainda participar de uma ação social proposta por ele mesmo e  que terá como beneficários as crianças carentes da comunidade local. A ação social, promovida pela Associação Paulista de Surf Universitário (APSU), tem como tema: “O Brasil visto lá de fora” que tem como objetivo conscientizar as crianças que as nossas atitudes internas são responsáveis pelo que dizem do nosso país. Além da palestra e aula prática as crianças participarão da operação “O Brasil visto lá de fora”, que fará a coleta de material reciclado. Segundo Cheo Deynes, a iniciativa partiu da amizade e companheirismo que permeia o ambiente do surf, “Tenho visto que os brasileiros, além de muito bons profissionais do surf têm sempre uma inovação para mostrar ao mundo, são criativos e estendem essa qualidade para além de suas atividades, como a criação de escolas especializadas em crianças, ou ainda aulas para portadores de deficiência física. São atitudes que requer muita sintonia com seu povo. São atitudes de responsabilidade social que promovem o esporte e integram a sociedade.”  

    

    Serviço: Cheo Deynes estará no dia 30 de novembro, no Guarujá, a convite do  IBRASURF  na ação social  “O Brasil visto lá de fora”. 

 

 

 

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Surf na USP – Participe dos próximos cursos

     Em reunião na tarde desta 3ª feira, dia 07 de outubro, representantes do Ibrasurf e USP definiram a realização de mais dois programas de capacitação profissional especifica em surf.

     Nos próximos dias 29 e 30 de novembro acontece na Escola de Educação Física e Esporte o Curso de Treinamento e Atualização para Instrutores de Surf, realizado em parceria com a EEFUSP Jr Consultoria. O programa visa capacitar alunos e professores de Educação Física e Esporte para atuar nas escolas, e faz parte do projeto de Regulamentação das Escolas de Surf no Brasil, conduzido pelo Ibrasurf em parceria com a CBS.

     Foi confirmada também a realização da segunda turma do curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negócios, grande sucesso do primeiro semestre e que promete novamente agitar o mercado paulistano.

     “Sem dúvida essa parceria com a USP é muito importante para o amadurecimento acadêmico do esporte, pois temos a oportunidade de discutir diretamente a teoria e prática do surf”, comenta Alexandre Zeni, coordenador do programa, previsto para começar em Abril de 2009.

     Vale lembrar que os alunos deste ano já podem retirar seus certificados de 2ª a 6ª das 09h00 às 16h00 na Secretaria de Cultura e Extensão da EEFE. Alunos de outras cidades poderão encaminhar e-mail para edfisica@usp.br, enviando endereço completo, solicitando o envio pelo correio. Alunos residentes na Capital devem retirar pessoalmente. 

     Maiores informações no www.fluxexperiences.com.br ou 11 5052.5011.

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Ibrasurf e Bahia Surfcamp fecham parceria

 

    Você que um dia pensou em fazer uma trip especial pro litoral norte Bahia, chegou a hora. Numa parceria inédita entre o Ibrasurf e o Bahia Surfcamp, você poderá conhecer os picos mais secretos e também os mais conhecidos do litoral norte baiano na companhia do ex-surfista profissional Beto Dias. 

            O Bahia Surfcamp fica localizado no Condomínio Busca Vida, 8 km ao norte do aeroporto internacional de Salvador, lugar de acesso restrito apenas para moradores e com ótimas condições de surf com swell de sul. 

            A praia de Busca Vida tem 4 diferentes picos, dois fundos de pedra e 2 beach breaks muito bons, ondas que inclusive já foram reportagem do Surf Adventures 2001 no Sportv e também no Surf Adventures Interativo 2004. 

            Além do lugar paradisíaco como base de sua estadia e com comida caseira de primeira, você vai buscar as melhores condições do dia junto com o Beto e seu total conhecimento da região. Picos como Scar Reef, Jacuipe, Praia do Forte, Arembepe, Itacimirim, Imbassahy, dentre outras, são os principais alvos do surfari. 

            Então não perca mais tempo e aproveite as condições especiais para conhecer um dos melhores e mais bonitos picos de nosso litoral. Entre em contato com o Ibrasurf@fluxexperiences.com.br  e saiba maiores informações. 

  

 

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Surf no asfalto

 

Nova modalidade chega ao Brasil

A Califórnia, berço do skate, inovou mais uma vez, ao mostrar para o mundo uma nova modalidade esportiva: o skate elétrico. A novidade, que surgiu em 2002 já é sucesso nos Estados Unidos e Europa.

 Com a estrutura básica igual aos skates longboards tradicionais, ele contém uma bateria que dura aproximadamente uma hora e meia e chega a percorrer 15 quilômetros com a carga completa.

 A velocidade máxima é de 35 km/h, o que possibilita que o skate elétrico seja adotado também como um meio de locomoção prático, econômico e ecológico.

 O skate elétrico pode ser encontrado nos modelos longboard e off-road. O primeiro possibilita andar em vias asfaltadas e regulares, visando velocidade e agilidade, já o segundo é um conjunto especial para terrenos irregulares.

 "Soubemos do skate elétrico por amigos que estavam na Califórnia. Mantivemos contatos com várias pessoas no exterior e acabamos chegando a um fabricante na China, fornecedor dos skates para Estados Unidos e Europa. Conhecemos a fábrica, os sistemas de produtos e pedimos um skate com características para o Brasil", conta Tairone Passos, sócio e responsável pelas vendas do modelo aqui no Brasil.

 O interesse do público está superando as expectativas dos empresários, que no começo pensavam em comercializar somente no Paraná, para depois expandir, mas com o rápido sucesso já há revendedores no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Santa Catarina.

 "Pretendemos vender cerca de mil skates até o final do ano, mas no ritmo que anda a aceitação das pessoas, acreditamos que esse número possa ser superado", completa Tairone.

 Para obter mais informações, acesse o site Skate Elétrico.

fonte: waves

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Slater Nove vezes Campeão

Billabong Pro Mundaka

Slater coroado na Espanha

     O norte-americano Kelly Slater sagrou-se campeão do circuito mundial WCT pela nona vez na história da ASP.

 Para conquistar o título por antecipação, Slater precisava chegar às oitavas-de-final do Billabong Pro 2008, nona etapa do WCT que rola em Mundaka, Espanha.

 Nesta sexta-feira, o norte-americano entrou em ação na oitava bateria da terceira fase contra o espanhol Eneko Acero.

 O wildcard espanhol Eneko Acero até começou bem e abriu o confronto com uma nota 7.00. Porém, Slater não perdeu tempo e protagonizou um verdadeiro ataque às esquerdas de até 2 metros em Mundaka.

      Bastante determinado na bateria, Slater somou notas 5.83 e 7.83 para garantir a vitória e selar seu nono título mundial. O espanhol totalizou 9.17 pontos e foi eliminado na 17ª colocação.

 “Queria agradecer minha mãe, meus irmãos e todos meus amigos que não puderam estar comigo neste momento, mas sempre me apoiaram. Há 17 anos quando entrei no circuito mundial, sempre tive como objetivo ser campeão mundial. Mas nunca imaginei que fosse chegar às nove conquistas”, comenta o norte-americano Kelly Slater, 36, logo que saiu da água.

 Para chegar a tão sonhada conquista, Slater praticamente dominou o circuito e ficou com o título de cinco das oito provas realizadas até o momento. Já a nona etapa do “dream tour” ainda está em andamento na Espanha.

 “Esse título é tão saboroso quantos meus anteriores. Sei que minha conquista não veio através de uma final eletrizante. Mas o fato de não depender do resultado de outro atleta e poder tirar essa pressão das minhas costas foi muito bom”, conta o norte-americano.

 “Mas meus objetivos não param com o nono título mundial. Ainda tenho muita coisa para aprender e melhorar. Adoro viajar para diferentes lugares, experimentar novos equipamentos, então pretendo continuar pegando boas ondas. Quero surfar até meus 80 anos idade”, revela Slater.

 Entre os brasileiros na prova, depois da classificação do paulista Adriano Mineirinho mais dois brasileiros seguem na briga por uma vaga nas oitavas-de-final da prova.

 O carioca Leo Neves encara o norte-americano Bobby Martinez na 15ª bateria. Enquanto o cearense Heitor Alves mede forças contra o australiano Luke Stedman no último confronto da terceira fase.

 Confira mais notícias em nossas próximas atualizações.

 

Billabong Pro Mundaka 2008

 

Terceira fase

 

1 Adriano de Souza (Bra) 14.00 x Jihad Khodr (Bra) 11.33
2 Mick Campbell (Aus) 13.17 x Dane Reynolds (EUA) 12.03    
3 Fredrick Patacchia (Haw) 13.60 x Roy Powers (Haw) 12.34  
4 Joel Parkinson (Aus) 13.17 x Daniel Ross (Aus) 9.60  
5 Adrian Buchan (Aus) 17.93 x Daniel Wills (Aus) 11.33 
6 Tiago Pires (Por) 10.77 x Jeremy Flores (Fra) 8.56
7 Tom Whitaker (Aus) 10.60 x Tim Reyes (EUA) 6.23 
8 Kelly Slater (EUA) 13.66 x Eneko Acero (Euk) 9.17 
9 Taj Burrow (Aus) x Nic Muscroft (Aus)   
10 Taylor Knox (EUA) x Jordy Smith (Afr)   
11 CJ Hobgood (EUA) x Royden Bryson (Afr)   
12 Kai Otton (Aus) x Mikael Picon (Fra)   
13 Bede Durbidge (Aus) x Aritz Aranburu (Euk)   
14 Kieren Perrow (Aus) x Ben Dunn (Aus)   
15 Bobby Martinez (EUA) x Leonardo Neves (Bra)   
16 Luke Stedman (Aus) x Heitor Alves (Bra)

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Regulamentação das escolas de Surf no Brasil – Participe

A Confederação Brasileira de Surf e o IBRASURF estão coordenando o projeto de regulamentação e padronização das Escolas de Surf no Brasil.

O objetivo principal é estabelecer procedimentos que normatizem a atividade e criem um modelo a ser seguido pelas escolas homologadas, trazendo mais profissionalismo e segurança a todos os envolvidos nas aulas de surf.

“O primeiro passo neste processo é conhecer melhor a situação atual das Escolas de Surf atuantes em nosso país, para podermos ter uma visão panorâmica da nossa realidade e assim definir parâmetros que possam ser seguidos pela maioria.”, explica Alexandre Zeni, responsável pelo departamento de Escolas de Surf da CBS.

Dessa forma, elaborou-se um questionário para traçar um perfil da atividade e receber dúvidas, criticas e sugestões que auxiliem no processo. O objetivo deste questionário é verificar como as escolas de surf estão atuando em relação à formação profissional dos instrutores, o atendimento ao cliente, a didática e a participação social em que está inserida.

Com base nas informações obtidas, será proposta a regulamentação e o posterior reconhecimento das Escolas Homologadas àquelas que cumprirem os requisitos e diretrizes estabelecidas, como acontece em países como Austrália e França.

            Para cadastrar a sua escola e responder ao questionário acesse o link http://www.fluxexperiences.com.br/home/aulasdesurf/cadescolas.php

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Surfando a Europa – Ondas e descobertas no Velho Continente

             Acompanhe todas as emoções e aventuras vividas pelos professores Ale Zeni e Tici Deiab nas praias européias 

 

SURF NA ITÁLIA – História, comilança e boas ondas no país da bota 

            Pra quem pensa que a Itália é apenas um país recheado de história, arte e cultura, ficam aqui duas dicas: além de ser uma terra repleta de destinos fantásticos, quem procura vai achar ondas excelentes. 

            E foi exatamente isso que aconteceu com os professores Ale Zeni e Tici Deiab, que aproveitaram uma viagem à Europa pra conhecer os encantos da Itália e além de tudo surfar altas ondas. 

            Após percorrer os principais centros culturais do país, como Roma, Veneza, Verona, Milão, Florença, Pisa, Genova, Nápoles, e se perder numa verdadeira aula viva da história da arte, religião e evolução humana, foi a vez de partir em busca das belezas naturais, e claro, das ondas italianas. 

            Passando por regiões como Costa Amalfitana, Cinque Terra e Vulcão Vesúvio, chegou a hora de partir para as ilhas da Sicília e Sardenha, onde finalmente encontrariam o que há tanto tempo procuravam. 

            A primeira parada foi na Sicília, ilha mundialmente conhecida pela famosa máfia. Contrariando as expectativas e pensamentos pré-moldados, nada de máfia por ali, mas sim grandes amizades, em especial com o kitesurfer Rosário, e momentos inesquecíveis em inúmeros pôr do sol alaranjados e águas incrivelmente límpidas e azuis. 

            Mas nada de ondas…. 

            Partimos então para a Sadenha, última esperança de surfar neste maravilhoso pedaço do mundo. Com a benção de Deus e a chegada de fortes ventos mistral, finalmente o mar balançou, e tudo o que poderia ser feito era agradecer por mais uma vez estar no lugar certo na hora certa. 

            Capo Mannu, Mini Capo e Sa Mesa Longa. Quem conhece sabe o que estamos falando, quem não conhece anote na agenda (ou no mapa). 

            22 de julho de 2008. Primeira queda em Mini Capo, bancada perfeita pertinho da beira, direitas e esquerdas com 2 a4 pés e todos os surfistas da região querendo seu espaço no outside. 

            Segunda queda em Capo Mannu, reef break maravilhoso e praticamente sem ninguém, os locais acham que o mar lá é muito grande e a remada muito longa, melhor assim pois deu pra pegar bastante onda e matar a vontade de quase 2 meses sem surfar. Direitas extensas de 4 a6 pés caminhavam desde lá de fora até a rasa bancada de coral na beira das pedras. Show de surf e cabeça feita, obrigado Senhor!!! 

            No dia seguinte, a terceira queda foi em Sa Mesa Longa, também conhecida como Piscina, sem dúvida uma das mais lindas praias que já vimos em toda nossa vida. Direitas e esquerdas de 2 a3 pés num cenário paradisíaco finalizaram o swell com chave de ouro. 

 

SURF NA FRANÇA – História e muito surf no verão europeu 

            Após desbravar as ondas italianas no pico de Capo Mannu, na Sardenha, chegou a hora de partir rumo a novas descobertas e aventuras na Europa. Próximo destino, França. 

            Doze horas e mil e quatrocentos quilômetros depois chegamos aos beach breaks de Hossegor, mundialmente conhecidos pelas suas ondas tubulares e perto da beira. 

            A porção francesa do País Basco é realmente maravilhosa, com diversas bancadas, castelos deslumbrantes, eventos singulares e muita gente bonita. 

            Logo na primeira queda em Capbreton encontramos o surfista Rogério Alemão, que vive a cinco anos na área e nos deu dicas valiosas de como aproveitar o swell e as variações da maré. Percebemos também um sensível aumento na freqüência das ondulações e no nível técnico e estrutural do esporte em relação aos países vizinhos. 

            Demos sorte por chegar junto com o swell e pegar altas ondas em Le Stagnots, Le Pista, Plage Nord. E também por estar lá durante a festa de Bayonne, uma das mais tradicionais celebrações da Europa. Na companhia da amiga Amanda, dos australianos Toby e Matt e de um grupo de holandeses nos divertimos bastante no futebol, no camping e nos pub crawls. 

            A base de comando foi Anglet, onde a galera mais jovem e descolada aproveita a extensa praia dividida por píers para curtir o sol e as bancadas de areia como Les Cavaliers, onde surfamos um final de tarde inesquecível ao lado do ídolo Gustavo Kuerten. 

            Biarritz, mais a sul, encanta pela aura cosmopolita a beira mar, onde turistas de todo o mundo se deslumbram pelas paisagens, castelos, restaurantes e lojas. Isso sem falar nas ondas da Grand Plage, lisas e perfeitas, abrindo para os dois lados num dos cenários mais espetaculares que se pode imaginar. 

            Enfim, os dias passados na França foram bem melhores do que poderíamos jamais ter imaginado, sempre cheios de muita energia positiva, sol, surf e baguetes num dos países mais nobres do planeta.  

             

SURF NA ESPANHA – Viagens e aventuras do País Basco à Galícia 

            Atravessando a fronteira França-Espanha chega-se a San Sebastian, uma das principais capitais culturais da Europa com seus festivais de jazz, culinária típica, intensa vida noturna e idealismo político. 

            A região, que faz parte do País Basco, é repleta de tradições, história e também de boas ondas, como Zurriola, Zarautz, Bakio, e a internacionalmente conhecida Mundaka. 

            Para sorte de alguns e azar de outros, o swell havia baixado um pouco e as séries não passavam de um metro, mas mesmo assim foi o suficiente para conhecer e encantar-se com o perfeito life style e qualidade de vida dos surfistas espanhóis. 

            Destino bastante acolhedor aos turistas, pra viajar pela Espanha foi necessário apenas o guia de surf e um kit barraca-travesseiro-cobertor. Dessa maneira, acordávamos todas as manhãs de frente para as ondas da Cantábria, Astúrias ou Galícia. 

            Destaque para o surf sem crowd em Liencres, Rodilles e Rio Sieira e para as paisagens de Cabo Vidio, Los Locos e Tapia de Casariega. Sem esquecer o cardume de enormes golfinhos surfando o final de tarde em Furnas, sintonia total da natureza. 

            Como bons aventureiros, a peregrinação terminou em Santiago de Compostela, onde as luzes da Catedral e as apresentações musicais ao ar livre explicavam despretensiosamente um pouco sobre aquele lugar místico e cheio de magia. 

            Na volta para Milão, na Itália, local de partida do vôo para o Brasil, ainda tivemos tempo para mais uma imersão cultural em Barcelona, com os museus de Gaudi e a Sagrada Família. Mas no caminho havia Portugal e seus fundos de pedra tão gelados como perfeitos. 

 

SURF EM PORTUGAL – Ondas geladas e pesadas, ora pois! 

            A previsão era animadora quando partimos rumo a Portugal, com os mapas de ondulação estimando séries de até dois metros durante toda a semana. Apesar do tempo chuvoso e frio, a entrada do swell fecharia com chave de ouro essa trip histórica pelo Velho Continente. 

            A primeira parada foi na cidade de Espinho, que confirmando as expectativas oferecia ondas de um metro e meio bastante deformadas pelo vento maral. Aproveitamos para tirar a barriga da miséria e visitar a feirinha local, uma diferente experiência que mesclava o tradicionalismo cigano com o consumismo ocidental. 

            De lá descemos rumo a Peniche para conhecer a famosa onda de Supertubos, antes passando pela região de Figueira da Foz, que também não apresentava as melhores condições para o surf. 

            Chegamos à noite e na manhã seguinte despertamos direto para a praia na esperança de pegar aqueles tubos tão inspiradores e desejados que estampam páginas de revistas mundo afora. Infelizmente as ondas estavam pequenas em Supertubes, influência da maré e da direção da ondulação, e o negócio então foi explorar a região. Como quem procura acha, encontramos ondas perfeitas nos point breaks de Batel e Consolação. 

            Descendo um pouco mais o litoral português, o próximo destino era Ericeira, onde passamos a noite estacionados em Ribeira D’Ilhas pra novamente acordar de frente para o mar, que agora sim mostrava toda sua força. 

            Séries com mais de dois metros e muita correnteza desafiavam os poucos surfistas que se aventuravam a encarar a remada naquelas difíceis condições. O jeito foi descansar e esperar a hora certa pra entrar no mar. 

            Aproveitamos para conhecer as praias de São Lourenço e Coxos, famosas por segurar grandes ondulações e proporcionar surf num alto grau de dificuldade. E foi exatamente isso que aconteceu quando a ondulação alinhou no inicio da tarde. 

            Coxos mostrou todo seu potencial bombando ondas de 6 a8 pés pesadas e volumosas. Apenas dois surfistas se aventuravam nas difíceis condições e não demorou muito para receberem nossa companhia. 

            Coração acelerado desde a entrada numa fenda entre as pedras até a saída sobre a rasa e afiada bancada. Enquanto isso direitas constantes faziam a alegria daqueles que encaravam o frio em busca de adrenalina e diversão. 

            Neste momento ficou claro que toda experiência acumulada durante as viagens para o Havaí, Indonésia e Austrália foram decisivas para encarar as condições pesadas com confiança e determinação. Como resultado, altas ondas surfadas e momentos inesquecíveis para guardar eternamente na memória. 

            Finalizando essa mágica experiência pelas praias européias, e já completamente apaixonados pelas histórias e ondas desse maravilhoso continente, nada melhor que visitar velhos amigos antes de voltar para casa.   E foi com muita alegria que encontramos em Cascais o casal de amigos Virginia e Rodrigo Coolpisca, viajantes aventureiros e atualmente residindo em terras portuguesas. Como sempre, fomos muito bem recebidos, com direito a jantar de gala, vinho do Porto e muitas risadas para matar a saudade.  

            Infelizmente o tempo passou rápido e estava na hora de regressar ao Brasil. No coração, a tristeza pela partida se misturava à alegria das lembranças inesquecíveis e dos momentos singularmente vividos. E a certeza de que a Europa ainda reserva grandiosas histórias a serem escritas pelos seus surfistas e ondas. 

 

 

 

 

 

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