Quando o assunto é Mídia Surf, o paulista Claudio Martins de Andrade é referência. Claujones, como é conhecido, não foi pioneiro neste meio, mas os negócios que fundou e administra são líderes no mercado.
Nesta segunda-feira, 6 de julho, ele foi o convidado do curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negóciospromovido pelo Ibrasurf na Escola de Educação Física e Esporte da USP. Claujones começou a surfar com a mãe aos 8 anos e cresceu no universo das ondas. Entre seus negócios de sucesso, estão a Revista Fluir e o site Waves, além da feira Surf & Beach, do site E-surf e da revista virtual BlackWater. Sua primeira experiência na mídia foi no jornal Primeira Mão. Em 1983, reunido com um grupo de amigos, decidiu fundar a Fluir, “sem planejamento e sem pesquisa”, como ele mesmo diz. Na época, a Visual Esportivo era a mídia que abordava o esporte no Brasil. Em apenas um ano de circulação, a Fluir virou líder de mercado e carrega este título até hoje. Em 1987, a revista foi vendida e passou de independente a editoras como a Azul, Abril e Peixes, onde esteve até este ano. Hoje, 26 anos depois, a Fluir foi comprada novamente por seu criador. Em 1998, diante da ascensão da internet, Claujones criou o Waves, que caiu no gosto da comunidade surf por oferecer previsão de ondas além das notícias. “O serviço não era novidade, já existia outro site de previsão. Mas não importa de quem é a ideia, o que importa e ter atitude e fazer bem feito”, argumenta. A internet é a principal ferramenta de mídia atualmente, mas segundo Claudio Martins de Andrade, as pessoas ainda não sabem como explorar o leque de opções que ela fornece, como blogs, sites de relacionamento, hotsites e etc. A tendência, segundo Claujones, é que a internet domine cada vez mais a cena. “Não há nada mais politicamente incorreto do que derrubar uma centena de árvores para que existam revistas e jornais, se o mesmo conteúdo pode ser acessado de um computador”. Claujones acrescentou que o público alvo de seus negócios é dividido entre surfistas praticantes e simpatizantes, mas que não há conflito. “É uma virtude do surf atrair uma massa de interessados que não praticam o esporte. Se o surfista entra no site ou lê a revista, o simpatizante vai fazer o mesmo”. Para finalizar, falou da importância de conhecer o surf para se trabalhar com ele. “Para dissertar sobre um assunto, você precisa praticar, ter o olho crítico correto para saber bem sobre o que está falando. Eu recomendo o maior tempo possível na água”. A próxima aula será a última desta segunda edição do curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negócios e terá como convidado Rogério Lalau, que vai abordar o tema “Legislação, Ética e Responsabilidade Social”. O curso é uma realização do Ibrasurf e da EEFEUSP Junior e conta com o apoio da USP, Waves, Star Point, e William Woo. Marilia Fakih – Ibrasurf
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